SUPREMO

STF libera depoimentos sobre grampo ilegal na cela de Alberto Youssef na Lava Jato

Toffoli destacou que o grampo ilegal foi feito por meio de equipamentos que pertencem ao patrimônio da União

O Hospital DF Star informou nesta quarta-feira (18) que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou melhora no quadro de saúde - ASCOM/STF

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), tirou o sigilo de depoimentos, informações e áudios relacionados ao grampo ilegal na cela onde o doleiro Alberto Yousself estava preso em 2014, na primeira fase da Operação Lava Jato.

A decisão foi tomada no âmbito de ação em que a defesa de Youssef pede a apuração da responsabilidade do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), na condição de ex-juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, na instalação do grampo.

O grampo teria captado cerca de 210 horas de áudios do ex-doleiro entre 17 e 28 de março de 2014. A defesa de Yousseff obteve o HD externo com os arquivos neste ano. Segundo os advogados, o HD esteve guardado na 13ª Vara Federal de Curitiba nos últimos 10 anos.

Na decisão, Toffoli disse que o Ministério Público Federal (MPF) não constatou a prática de crimes após a investigação de cinco delegados e um agente da Polícia Federal, mas ressaltou que a apuração administrativa na 13ª Vara Federal de Curitiba não deixa dúvidas de que a captação ambiental ilícita de diálogos de fato ocorreu.

Toffoli destacou que o grampo ilegal foi feito por meio de equipamentos que pertencem ao patrimônio da União.

Toffoli também enviou os documentos para autoridades adotarem as providências que entenderem cabíveis, entre eles a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Advocacia-Geral da União (AGU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU).