ARRECADAÇÃO

Receita tem expectativa de que bom desempenho da arrecadação continuará no último bimestre

"Nossa perspectiva para os últimos dois meses é que se mantenha o desempenho que vem ocorrendo ao longo do ano, sem nenhum sobressalto", disse Malaquias

Chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias - Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, destacou o bom desempenho arrecadatório de tributos empresariais e disse que a expectativa do Fisco é de que o último bimestre do ano mantenha o bom desempenho de 2024.

"Nossa equipe que acompanha esses números nos passa um sinal de tranquilidade até o final do ano. Nossa perspectiva para os últimos dois meses é que se mantenha o desempenho que vem ocorrendo ao longo do ano, sem nenhum sobressalto", disse ele.

Para este ano, Malaquias destacou o bom desempenho do IRPJ e CSLL. Ele lembrou que no início do ano houve um valor de ajuste um pouco menor do que no ano anterior, o que provocou, uma arrecadação inferior do Imposto de Renda.

"Agora, com a recuperação da atividade econômica, com os esforços e atividades da Receita Federal, nós estamos recuperando a arrecadação desses tributos. O desempenho das empresas reflete diretamente a atividade econômica como um todo. Os esforços de recuperação de créditos refletem também nesses dois tributos, que são os principais do setor produtivo. No período acumulado, o desempenho do Imposto de Renda já passou de 1%, quase 1,5% de crescimento em relação ao mesmo período do ano passado", afirmou Malaquias.

Compensações tributárias
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal disse também que as compensações tributárias chegaram a quase R$ 30 bilhões em outubro. O valor registrado, de R$ 29,7 bilhões, é o maior para um mês em 2024.

"Neste mês, tivemos quase 30 bilhões de compensação, isso se deve ao fato de o mês de outubro ser a cabeça de trimestre. Em todos os cabeças de trimestres, nós temos o maior volume de débitos e, consequentemente, o maior volume também das compensações, mas dentro das nossas expectativas", disse ele.