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Itália afirma que teria que cumprir ordem do TPI de prender Netanyahu

O chanceler Antonio Tajani havia dito anteriormente que a Itália "apoia o TPI", mas que o tribunal "deve ter um papel jurídico e não político"

Bandeira da Itália - Pixabay/Reprodução

A Itália será obrigada a cumprir a ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Benjamin Netanyahu, caso o primeiro-ministro israelense viaje ao país europeu, afirmou, nesta quinta-feira (21), o ministro italiano da Defesa, Guido Crosetto.

O TPI, com sede em Haia, solicitou a captura de Netanyahu, de seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, e do chefe militar do movimento islamista Hamas, Mohamed Deif, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Crosetto, cujo país é membro da União Europeia e da Otan e preside atualmente o G7 das maiores potências ocidentais, considerou que o TPI "errou" ao colocar os dirigentes israelenses e do Hamas no mesmo nível.
 

No entanto, "se Netanyahu ou Gallant viessem à Itália, teríamos que prendê-los, teríamos que detê-los, em aplicação do direito internacional", acrescentou, em declarações ao programa televisivo Porta a Porta, da RAI.

O chanceler Antonio Tajani havia dito anteriormente que a Itália "apoia o TPI", mas que o tribunal "deve ter um papel jurídico e não político".

"Vamos avaliar com nossos aliados como reagir e interpretar essa decisão", acrescentou.