INSS

Governo reduz novamente previsão de economia de pente-fino no INSS em 2024

No início, a estimativa era de cerca de R$ 10 bilhões

INSS - Governo Federal/Divulgação

O governo federal reduziu novamente a projeção de economia com o pente-fino em benefícios previdenciários este ano. A previsão no relatório de avaliação de receitas e despesas do 5º bimestre, publicado sexta-feira, é de R$ 5,5 bilhões, contra R$ 6,8 bilhões na revisão do Orçamento realizada em setembro.

No início, a estimativa era de cerca de R$ 10 bilhões. Apesar da frustração, a equipe econômica acredita que será possível poupar R$ 25,9 bilhões com o pente-fino nos programas governamentais em 2025, conforme a peça orçamentária.

Sem explicar os motivos, o secretário de Orçamento Federal substituto, Clayton Montes, afirmou que a principal diferença estava na poupança prevista com o uso do Atesmed - análise documental - para a concessão de auxílio-doença. Inicialmente, a previsão era de economizar R$ 5,6 bilhões, mas no relatório bimestral a projeção caiu para R$ 3,1 bilhões.

"O resultado das medidas não se verificou a potência projetada. A medida mais relevante (do pente-fino) era o Atestmed."

Essa frustração com o pente-fino foi uma das razões que levou ao aumento de R$ 7,7 bilhões na projeções com os benefícios previdenciários este ano, principal razão para o bloqueio adicional de R$ 6,0 bilhões realizado pelo governo na atualização do Orçamento.

Com esse bloqueio, o total congelado atualmente para cumprir o limite de gastos do arcabouço fiscal é de R$ 19,3 bilhões. Em relação ao resultado primário, o governo projeta agora um déficit de R$ 28,7 bilhões, praticamente no limite inferior da meta, de rombo de R$ 28,8 bilhões.

Apesar da frustração este ano, Montes afirmou que a previsão de economia com o pente-fino em 2025 vai ser "alcançado e superado", considerando as medidas em discussão atualmente pelo governo para a contenção do crescimento de gastos.

"No que se refere às medidas de revisão de gastos que se encontram no projeto de Orçamento de 2025, a gente acredita que esse valor vai ser alcançado e superado haja vista as medidas robustas que estão sendo discutidas e que vão ser anunciadas sobre a revisão de gastos ", disse.

"Acredito que, quando todos tomarem conhecimento das medidas que estão sendo gestadas, medidas robustas, é bastante crível que esses valores vão ser alcançados ", completou.