Polícia faz operação para prender ex-motorista de Regina Gonçalves e reaver bens da socialite
Idosa está no centro de uma disputa pela administração de seus bens milionários. Equipes vão a endereços na manhã desta terça-feira (26)
Equipes da Polícia Civil, através da 12ª DP (Copacabana), realizam uma operação para prender José Marcos Chaves Ribeiro, acusado pela família da socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, de tê-la mantido em cárcere privado e de usurpar parte dos bens dela. A ação, na manhã desta terça-feira (26), tem início na mansão da idosa, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Contra Ribeiro, que é ex-motorista da socialite, foi oferecida uma denúncia do Ministério Público.
Na decisão da 4ª Vara Criminal, no Tribunal de Justiça, no processo que segue em segredo de justiça, o qual O Globo teve acesso, destaca-se que "a materialidade do crime contra a vida está provada pelo boletim de atendimento médico" em que se "noticia presença de hematoma frontal na vítima com encaminhamento para internação, em 30 de dezembro de 2021".
Anteriormente, em entrevista, Ribeiro afirmou que os dois mantinham um relacionamento amoroso desde 2012, dois anos após começar a trabalhar para Regina.
Os dois têm uma união estável reconhecida em cartório. Mas as versões divergem. O ex-motorista tem fotos ao lado de Regina em eventos. Já a socialite garante que nunca viveu um relacionamento com Ribeiro e que não sabe como sua assinatura foi parar no documento.
Na decisão para a operação desta manhã, destaca-se busca de apreensão de bens como joias, dinheiro em espécie, obras de arte e até armas de fogo. A respeito da mansão em São Conrado, alvo das equipes, foi determinada a desocupação por qualquer pessoa.
A disputa judicial por sua tutela era travada de forma particular, e se tornou pública no final de abril deste ano, quando vizinhos de Regina, no Edifício Chopin, em Copacabana, Zona Sul do Rio, denunciavam, por meio das redes sociais, o suposto sumiço dela.
No dia 25 de abril, a Justiça concedeu duas decisões antagônicas. Numa, a desembargadora Valéria Dacheux, da 6ª Câmara de Direito Privado, manteve a tutela provisória de Regina com José Marcos. Na outra, a juíza substituta Claudia Leonor Jourdan Gomes Bobsin, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, determinava a volta da socialite ao Chopin com o curador, no caso, seu sobrinho Carlos Aristophanes de Queiroz.