Música

Revoredo apresenta seu território afetivo no single "Agreste", em parceria com Juliano Holanda

Canção será lançada nas plataformas digitais nesta quinta-feira (18)

O cantor e compositor Revoredo lança single com referências ao seu território afetivo - José de Holanda / Divulgção

O cantor, compositor e poeta Revoredo anuncia o lançamento de um novo single, canção em parceria com o compositor e produtor musical Juliano Holanda. “Agreste”, uma homenagem do artista de Garanhuns ao seu território afetivo, vai ao ar nas plataformas digitais, nesta quinta-feira(28), com distribuição da Tratore.

“A canção ‘Agreste’ surge de uma construção de vida, da minha inquietação enquanto artista nesse território. Um artista que nasce e se desenvolve no Agreste, para a partir daí entender e abraçar o mundo”, descreve Revoredo. 

A quatro mãos
Revoredo compartilha como foi produzir em parceria com Juliano Holanda. “Ele é um constante provocador, há tempos conversamos sobre nossas inquietações territoriais. Como artista de Goiana, na Zona da Mata, Juliano entende a potência e a força do território. Ele quem veio com essa provocação sonora, já trazendo um caminho para a canção”, conta.

“Quando chegou em mim, somei outras percepções e construções de mundo a partir de meu território. Trago também a minha relação com a história e a tradição desse território que também me constituem enquanto artista e ser humano”, detalha.

“O conceito da canção, tanto na letra, quanto na estética sonora, é justamente trazer as tensões desse espaço que fica entre a região litorânea e o Sertão. Trazer a força desse lugar de passagem, de transição e ao mesmo tempo de raízes. Um lugar potente que tem uma identidade nascida a partir dessas relações de paradoxos, de rios perenes e efêmeros, de pedras e matas, de água abundante e também de cantos inóspitos”, explica o artista. 

Gravado e masterizado no Estúdio Muzak, a faixa contou com arranjos, vozes e violões do próprio Revoredo, guitarras de Juliano Holanda, acordeom de Júlio César Mendes, pífano de Rodrigo Sestrem, percussão de Nino Alves. A captação de bases e contrabaixo são de Efraim Rocha. André Oliveira assina a edição e mixagem. Luar Luei assina a arte da capa.
 

O lugar Agreste
A canção traz elementos que contam a história da região, seja na tradição musical de artesania do pífano, que permeia sua musicalidade nas bandas de pífano como a Folclore Verde do Castainho, A Banda de Pífanos de Caruaru e o Coco Santa Luiza. “Ao mesmo tempo, a faixa dialoga com a modernidade trazida por quem caminha ou caminhou pelo território e imprimiu uma estética mais experimental, como Dominguinhos e Quinteto Violado”, acrescenta Revoredo.

“Lugar de rock and roll, com as guitarras de Paulo Rafael e o som de Alceu Valença, ou com as distorções pesadas das bandas de rock e dos tantos festivais undergrounds. Então, juntando tudo isso com as feiras, com os ventos agrestes, com o frio da madrugada e, ao mesmo tempo, um calor intenso, nasce a canção, aponta o compositor.

“A música fala sobre esse Agreste, essa força que transita entre essas tensões, que trazem uma identidade própria que acaba forjando um tipo de ser que é um sobrevivente. Um ser que muitas vezes está somente de passagem, ao mesmo tempo que cria, que cultiva e que cultua o seu próprio território”, conclui.