Ministro do GSI: bombas foram "tentativa amalucada e sedes dos Poderes foram erguidas sem segurança"
GSI aguarda recursos para instalar vidros blindados no térreo do Palácio do Planalto; número de câmeras de monitoramento na sede passaram de 44 para 348 desde invasões de 8 de janeiro
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marcos Antonio Amaro dos Santos, se referiu às explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, como uma "tentativa amalucada dele de lançar coisas sobre a sede do STF". O caso aconteceu no último dia 13, e o autor, Francisco Wanderley Luiz, morreu no local em decorrência de uma das explosões.
Amaro falou com jornalistas na manhã desta terça-feira sobre mudanças nas medidas de segurança nas sedes dos Três Poderes. Questionado sobre o recente ataque com bombas na frente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro argumentou que as sedes do governo federal "foram construídas sem uma preocupação maior de segurança".
— A Praça dos Três Poderes, pelo menos ao que se entende ou se entendia, é um espaço de manifestações. Um espaço aberta sem muitas coisas construídas no interior, que se destinava teoricamente a ser um espaço de manifestações democráticas (...) Só que a gente viu recentenemtne que isso trouxe um prejuízo enorme às sedes — disse.
Além de lançar bombas no Supremo, Francisco encheu o seu carro de fogos de artifício e acionou artefatos explosivos. O acionamento foi feito de forma remota, segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Os explosivos eram do tipo "pipes bombs", feitos com canos de PVC recheados com pólvora, parafusos e porcas. Os explosivos não atingiram o efeito esperado porque chovia muito na Praça dos Três Poderes no dia do atentado.
— Um caso, uma pessoa isolada. Qual foi o dano que ele causou ao STF? A sua própria morte. Não chegou a invadir — minimizou Amaro.
Uma das linhas de investigação é que ele tramava invadir o Supremo, não conseguiu e se matou em seguida. Imagens de câmeras da Praça dos Três Poderes mostram Wanderley Luiz lançando as bombas caseiras em direção ao prédio da Corte. Depois, ele se ajoelha e se deita em cima de um artefato, que dilacera parte da sua cabeça e da sua mão.
Segundo o ministro, o GSI está aguardando a liberação de recursos para instalar vidros blindados no térreo do Palácio do Planalto. Além disso, o número de câmeras de monitoramento na sede em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha diariamente foi ampliado desde as invasões antidemocráticas de 8 de janeiro de 2023, passando de 44 para 348.