Com grande público, Francisco Cunha e Fábio Menezes comandam Agenda TGI - Painel 2025
O tradicional evento, que chega este ano a sua 26ª edição, aconteceu na noite desta terça (26) no Teatro RioMar
Com o tema “Escassez - Crise Imediata e Soluções que Precisamos Encontrar”, os sócios da TGI Consultoria, Francisco Cunha e Fábio Menezes, comandaram a Agenda TGI - Painel 2025. O tradicional evento, que chega este ano a sua 26ª edição, aconteceu na noite desta terça-feira (26) no Teatro RioMar, na Zona Sul do Recife.
Dentre os presentes, estava o diretor do Grupo EQM, Leonardo Monteiro, representando o presidente do Grupo e fundador da Folha de Pernambuco, Eduardo de Queiroz Monteiro.
A gerente de Mercado do jornal, Tânia Campos, e a executiva multimídia da Folha, Wellida Arraes, também prestigiaram a palestra.
A Agenda TGI - Painel 2025 trouxe uma análise de 2024 e as principais projeções e desafios nos aspectos políticos e econômicos para o próximo ano, abrangendo o mundo, Brasil, Nordeste, Pernambuco e Recife.
Na abertura, a apresentação cultural foi conduzida pelo Projeto Aria Social, fundado por Cecília Brennand.
Mundo
As mudanças climáticas que acometem todo o mundo foi o tema mais abordado durante a apresentação. Sobre o mundo, Fábio Menezes apresentou o impacto das transformações de temperatura e clima, a disrupção digital e a tolerância geopolítica.
Entre os assuntos, citou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza firmada durante reunião do G20 presidida pelo Brasil, realizada no Rio de Janeira e a COP30, que acontecerá em novembro de 2025, no município de Belém, no estado do Pará. Os conflitos internacionais na Ucrânia e no Oriente Médio e as eleições dos Estados Unidos também foram abordados.
Brasil
Sobre o Brasil, Francisco Cunha citou que o País cresceu em índices superiores aos projetados nos últimos três anos pelos agentes econômicos.
“Estamos quase próximos ao pleno emprego em média no Brasil, a inflação sob controle, mas a percepção da população é de que talvez as coisas não estejam indo tão bem. É uma espécie de dissociação entre a macro e a micro economia”, destacou.
Entre as dificuldades pontuadas pelo consultor estão o impacto das mudanças climáticas, a crise fiscal estrutural enfrentada pelo País, a disrupção digital, a intolerância política e o crime organizado.
Ele também falou sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), descrevendo como o “sistema nacional mais bem sucedido no mundo”.
Nordeste
Sobre a região Nordeste, o gerente executivo da Superintendência Estadual de Pernambuco do Banco do Nordeste (BNB), Neydson Ferreira de Moura, abordou as perspectivas para o desenvolvimento da região, apontando linhas de crédito oferecidas pelo Banco.
“Apresentamos as ações de linhas de crédito que vão ter impacto na questão de desenvolvimento sustentável, para financiamento de placa solar, FNE verde, que é a linha que a gente tem para a área de reflorestamento, e recuperação de área degradada”, disse.
Pernambuco
Em Pernambuco, Cunha disse que é necessário discutir um novo modelo de desenvolvimento para o futuro.
“Pernambuco está diante de uma realidade nova nos últimos 70 anos, que é o modelo de desenvolvimento que foi gestado em meados dos anos 1950 para o Estado de Pernambuco que eu chamaria de industrial portuário cuja a joia da coroa é o Complexo Industrial Portuário de Suape, ele está esgotado”.
“Nós estamos diante da necessidade de rediscutir o modelo de desenvolvimento de Pernambuco que é um Estado que tem quase 90% do seu território dentro do semiárido nordestino”, reiterou ele.
Recife
Segundo Francisco, Recife é uma das cidades mais impactadas do mundo pelas mudanças climáticas, com precipitações pluviométricas muito altas e o aumento do nível do mar.
“Nós já começamos a enfrentar isso com o tratamento do problema do ponto de vista da pesquisa acadêmica junto com o setor público. Por exemplo, o Projeto Parque Capibaribe é o resultado de uma pesquisa que já dialoga com essas necessidades do futuro, ou seja, de regenerar o ambiente urbano com soluções baseada na natureza como, por exemplo, os parques”.
Segundo o diretor do Grupo EQM, Leonardo Monteiro, o evento é de grande importância e já está na agenda anual dos pernambucanos.
“Quase 40% da explanação de Francisco Cunha, e de toda a equipe da TGI, foi em cima da questão climática e de como o mundo e o Brasil estão passando por ela. E o nosso negócio tem tudo a ver com isso. O nosso setor, que é o das empresas do Grupo EQM, e a Folha faz parte dele, está totalmente ancorada no agronegócio. A gente está na vanguarda do nosso País porque nossos negócios estão totalmente envolvidos com essa questão”.