Caso Gisely Kelly: julgamento de acusado de assassinar ex-companheira começa nesta quarta (27)
Sessão acontece no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, após pedido da defesa
O empresário Wilson Campos de Almeida Neto, de 48 anos, começa a ser julgado, nesta quarta-feira (27), às 9h, na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Joana Bezerra, Centro do Recife. O réu é acusado de assassinar a ex-companheira, Gisely Kelly Tavares Santos, aos 37 anos, em julho de 2017.
Segundo informações repassadas pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a sessão aconteceria na última quinta-feira (21), mas sofreu o adiamento, a pedido da defesa do réu, que foi acatado pela juíza de Direito Maria Segunda Gomes de Lima. Será ela quem vai presidir a sessão de hoje.
Na ocasião, serão ouvidas sete testemunhas arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e pela defesa, e será feito o interrogatório do réu.
O crime
No dia 19 de julho daquele ano, a vítima foi encontrada morta com tiros na cabeça, sem roupa, no apartamento da família, localizado no Edifício Rosarinho Prince, no bairro do Rosarinho, Zona Norte do Recife.
Wilson foi preso e direcionado para o Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. O júri popular acontece 7 anos após o crime bárbaro de feminicídio.
Câmeras registraram os últimos momentos dela com vida
Imagens de circuito interno do prédio em que o casal residia mostravam os dois chegando juntos ao imóvel, por volta da 1h, após a comemoração do aniversário da vítima.
Pouco mais de 30 minutos passados, Wilson sai sozinho, carregando uma bolsa com roupas. A arma de fogo dele estava em um cofre localizado dentro do apartamento do casal.
Na época do crime, a prima da vítima revelou à Folha de Pernambuco que o crime teria sido motivado pela decisão de Gisely de voltar com o ex-marido. Ela também falou sobre o comportamento de Wilson, no cotidiano dos dois. Segundo Zenaide Fernanda, ele era agressivo.
“Os vizinhos comentavam, a família percebia, e já tinha atirado dentro do prédio, em outra situação. Ele [Wilson] teria visto trocas de mensagens no celular dela [Gisely] com o ex-marido, e a perícia reconhece que ela foi assassinada por motivo fútil, sem chance de defesa”, relembra.