Grã-Bretanha bloqueia jogo de brasileiro que recria ataques do Hamas para matar soldados israelenses
No trailer, o jogo mostra invadindo uma base militar israelense de parapente e matando soldados
Um jogo criado pelo desenvolvedor brasileiro-palestino Nidal Nijm foi alvo de policiais britânicos de combate ao terrorismo, que demandaram o bloqueio do game chamado “October 7”, supostamente inspirado na guerra entre Israel e Hamas. A produção permite aos jogadores recriar ataques cometidos pelo Hamas, como explosão de bombas e invasão de bases militares israelenses para matar soldados.
O jogo entrou na plataforma de vendas online Steam, que recebeu uma ordem da polícia britânica para que retirasse o produto de sua loja no Reino Unido. No trailer, o jogo mostra invadindo uma base militar israelense de parapente e matando soldados. Não há uma referência direta ao Hamas, mas são retratados soldados da Força de Defesa de Israel (IDF) sendo forçados a se ajoelhar e executados.
Israelenses ainda aparecem sendo explodidos com granadas e mortos com tiros na cabeça por terroristas usando faixas verdes semelhantes às do Hamas. "Onde estão aqueles que carregam os cintos explosivos? Quero um cinto explosivo para me explodir sobre os sionistas!", diz um personagem.
Em entrevista ao portal especializado 404, Nijm legou que a proibição foi resultado da "declaração política do jogo sobre o conflito Palestina x Israel" e comparou o jogo à franquia Call of Duty, que também permite aos jogadores realizar golpes militares e participar de ataques terroristas em aeroportos.
De acordo com o site, que primeiro relatou a proibição do videogame, uma versão disponibilizada anteriormente também apresentava um terrorista decapitando um soldado israelense e chutando sua cabeça para o alto.
Em um comunicado no site da Steam, ele disse: "O pedido para bloquear meu jogo no Reino Unido veio da Counter Terrorism Internet Referral Unit (CTIRU). Então, está claro que as autoridades britânicas consideram meu jogo como propaganda 'terrorista'."