Moraes compartilha investigação sobre golpe com inquéritos das milícias digitais e das fake news
PF fez relações entre apurações ao apresentar relatório final sobre trama golpista
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira o compartilhamento da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado com outros dois inquéritos, conhecidos como o da fake news e o das milícias digitais. Moraes também o relator dessas outras duas apurações.
Na semana passada, a PF apresentou o relatório final da investigação e indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas. Na terça-feira, Moraes determinou o envio do caso à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta uma denúncia.
O inquérito das fake news foi aberto em 2019, enquanto o das milícias digitais tramita desde 2021. No relatório final da investigação sobre o golpe, a PF fez referência a esses dois outros casos.
O texto diz, por exemplo, que "os investigados durante todo o processo se utilizaram do modus operandi da denominada milícia digital". O documento também afirma que o inquérito das fake news aponta que "o grupo ora investigado, desde o ano de 2019, já propagava" ataque falsos contra a urna eletrônica.
Outras investigações foram abertas a partir desses dois inquéritos, como a sobre uma suposta estrutura paralela dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da suspeita de fraude em cartões de vacina e do suposto esquema de desvio de joias recebidas pela Presidência.