CRÍTICA

"Moana 2": animação mantém encanto e abre as portas para mais continuações

Heroína da Disney vive nova aventura em sequência do longa-metragem de 2016

Moana ganha irmã mais nova em continuação - Disney/Divulgação

As imagens vazadas de Dwayne Johnson - o The Rock - como Maui aqueceram ainda mais as expectativas para o live-action de “Moana”, que deve estrear somente em meados de 2026. Enquanto o filme com atores em carne e osso não vem, o público já pode seguir acompanhando a história em uma nova animação.

“Moana 2” chega nesta quinta-feira (28) aos cinemas do Brasil e promete repetir o encantamento causado no público por seu antecessor em 2016. Três anos após os acontecimentos do filme anterior, a heroína navegadora da Disney parte em uma nova jornada pelos mares da Oceania, viajando por águas ainda mais distantes da sua amada ilha de Motunui.

Diferente da primeira vez, somos apresentados a uma Moana que encontra na família e dentro de sua comunidade todo o apoio para seguir explorando o oceano. Na busca por se conectar a outros povos, ela recebe um chamado dos seus ancestrais para encontrar uma ilha enfeitiçada, reverter um antigo encanto e salvar o futuro de sua gente.

Agora, Moana não viaja sozinha. Além de seus adoráveis animais de estimação, o porquinho Pua e o galo Hei Hei, ela reúne moradores de Motunui para a missão. Essa improvável tripulação é formada pela inquieta engenheira Loto, pelo resmungão agricultor Kele e pelo contador de histórias Moni, um grande fã de Maui.

O poderoso e vaidoso semideus, aliás, não fica de fora da trama. Sua amizade com Moana é fortalecida, rendendo alguns dos momentos mais emocionantes da animação. Os Kakamora - aqueles “coquinhos” piratas que a protagonista enfrenta no primeiro filme - também estão de volta e têm sua origem explicada desta vez.

Novos personagens são acrescentados ao universo do filme. Uma que desde o trailer já vem provocando uma crise de fofura nos espectadores é Simea, irmã mais nova de Moana, que representa um forte elo de ligação da heroína com sua terra.

Do lado dos antagonistas, o destaque é a misteriosa Matangani, um ser sobrenatural com a habilidade de controlar morcegos e que, de alguma maneira, se torna fundamental para a evolução de Moana como navegadora. O grande vilão da história é Nalo, o deus das tempestades, que, embora esteja sempre complicando a trajetória dos personagens, não aparece (ainda) em um confronto direto com eles.

A inspiração na cultura polinésia continua sendo um dos pontos fortes da animação e o que diferencia Moana das demais princesas da Disney. O questionamento sobre o uso de tal título de nobreza para a personagem, aliás, é uma das piadas do longa, que segue apostando no humor “bobinho”, mas que diverte.

A música segue como um dos elementos fundamentais do longa, mas aqui não alcança o mesmo êxito de seu antecessor. Os personagens parecem forçados a cantar a todo momento, apenas para não deixar de ser um musical, sem que nenhuma das canções entoadas soe verdadeiramente marcante.  

Se “Moana” falava sobre descobrir sua identidade e apostar nas próprias escolhas, sua sequência acrescenta uma mensagem sobre o poder da união. A colaboração entre as pessoas é o que Nalo busca destruir, mas é também o que possibilita a vitória dos “mocinhos”.

Partindo do princípio de que recuperar o coração de Te Fiti no primeiro filme foi só o começo de uma difícil missão, a continuação abre as portas para a expansão desse universo. Com um final que eleva o status da protagonista e uma cena pós-crédito que escancara a produção de mais filmes da franquia no futuro, a animação mostra que ainda há muitos horizontes a serem desbravador por Moana.