Investimento

Lula assina aditivo de R$ 3,6 bilhões para Transnordestina no Ceará

Transnordestina no Ceará - Imagem: TLSA (Divulgação)

O Governo Federal assina, nesta quinta-feira (28), o aditivo contratual que garante o repasse de R$ 3,6 bilhões do Banco do Nordeste para a Transnordestina Logística (TLSA), com o objetivo de garantir a conclusão da ferrovia Transnordestina, ligando Eliseu Martins (PI) ao Complexo Industrial e Portuário de Pecém (CE). Os recursos são oriundos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) – que terá o seu orçamento de 2024 a 2026 totalmente comprometido com o empreendimento.

Em média, o FDNE disponibiliza R$ 1 bilhão por ano para projetos na área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) – que inclui os nove estados nordestinos, além de parte de Minas Gerais e Espírito Santo. Com o aditivo a ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a TLSA, esses recursos irão para o ramal cearense da Transnordestina. Em 2027, outros R$ 600 milhões vão para o projeto.

A TLSA informou, nos documentos disponibilizados para a análise do aditivo, que a conclusão da Transnordestina está prevista para 2028, mas no ano anterior, trechos da ferrovia já estarão transitáveis. 

Pernambuco

Enquanto isso, o trecho pernambucano – entre Salgueiro, no Sertão, e o Porto de Suape, ainda não tem os recursos garantidos para a sua viabilidade.

Inicialmente, a construção está orçada em R$ 4 bilhões e foi incluída no Novo PAC. Neste ano, a Infra S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, assinou contrato de R$ 15,2 milhões com o Consórcio Estratégica – Prosul, em setembro, para a elaboração de projeto básico/executivo do segmento greenfield do empreendimento.   

O projeto de construção da ferrovia Transnordestina foi anunciado em 2006, durante o primeiro mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). O projeto previa a construção de dois grandes eixos que ligariam o interior do Piauí aos portos de Pecém, no Ceará, e ao de Suape, no Litoral Sul pernambucano. No entanto, desde então, alguns bilhões já foram gastos, mas a obra do trecho Salgueiro-Suape está longe de ser iniciado.