Infraestrutura

Infraestrutura física e digital é tema da Análise Ceplan 2024 - 2025

O seminário aconteceu no Riomar Trade Center, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, e teve como um dos destaques os recursos que estão sendo investidos na área

Infraestrutura física e digital é tema da Análise Ceplan 2024 - 2025 - Júnior Soares/Folha de Pernambuco

Com a presença de empresários, executivos e especialistas, a Ceplan Consultoria e o portal Movimento Econômico realizaram ontem (27) o evento “Análise Ceplan 2024 - 2025: Os desafios da infraestrutura física e digital do Nordeste”.

O seminário aconteceu no Riomar Trade Center, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, e teve como um dos destaques os recursos que estão sendo investidos na área. 

O evento contou com o apoio da Folha de Pernambuco e teve a presença da gerente de Mercado do jornal, Tânia Campos.

Segundo a CEO do Movimento Econômico e colunista da Folha, Patrícia Raposo, o objetivo do debate foi discutir a importância de o Nordeste atrair investimentos para a área.

“O que a gente precisa discutir em relação a infraestrutura é como a região está se preparando para os próximos anos. Nós precisamos ter a nossa infraestrutura adequada e disponível para que a gente possa atrair investimentos”, destacou. 

O presidente da Ceplan, Paulo Guimarães, salientou que o evento acontece em um momento importante devido à tramitação da Reforma Tributária.

“Esse contexto da reforma traz, por exemplo, o fim dos incentivos fiscais em 2032. Nós estamos falando de sete anos que, para investimentos em infraestrutura, é um período muito rápido. Esse é um tema que traz competitividade para o Nordeste e prepara a região para esse ambiente sem incentivos”. 

Em uma das mesas, voltada a discutir o financiamento da infraestrutura, o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, explicou como o a instituição está atuando na área.

“Nós somos o grande agente financiador das energias renováveis na região, das obras de infraestrutura relativas a portos, aeroportos, a parte de ferrovias, rodovias. Temos também um papel predominante na região em relação ao saneamento básico. Só nos dois últimos anos nós vamos chegar a mais de R$ 4,2 bilhões de investimentos em saneamento. Esse número é 10 vezes maior do que foi executado no período de 2019 a 2022”. 

Além dele, o tema foi tratado pela diretora Financeira e de Crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Fernanda Coelho; do superintendente nacional de Mercado de Capitais na Caixa Econômica Federal, Marco Buzzo; e da diretora da JIVE-Mauá Capital, Karla Bertocco.
 
“Os bancos públicos de desenvolvimento que têm capacidade de financiar a infraestrutura e também o setor privado através de fundos de investimentos privados, que podem se associar ao estado, e também ao setor público para criar capacidade de financiamento da infraestrutura regional”, ressaltou Paulo Guimarães – que também foi o mediador da mesa.

Também foram tratados os desafios da infraestrutura nas áreas de logística e saneamento, com mediação da economista e sócia da Ceplan, Tânia Bacelar.

O presidente da Agemar Transportes e Empreendimento, Manoel Ferreira; o presidente do Porto de Suape, Márcio Guiot; e o CEO da Effico, Roberto Tavares, participaram da conversa.

Márcio Guiot ressaltou que, entre as obras realizadas para melhorar a infraestrutura do porto, estão a conclusão da dragagem do canal externo e a retomada da reforma do molhe de operação.

O evento ainda debateu os desafios da infraestrutura digital, com mediação do economista Jorge Jatobá, sócio-fundador da Ceplan, e participação dos CEOs da Brisanet, José Roberto Nogueira; da Um Telecom, Rui Gomes; e do presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, participaram do debate.

Durante a conversa, foram tratados temas como os problemas nas estruturas de telecomunicações, os data centers, a necessidade de energia limpa e as oportunidades do digital.

O seminário contou com o patrocínio do Complexo Industrial Portuário de Suape, da Caixa, do Banco do Nordeste, da Agemar/Dix Aeroportos, da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), do Grupo Moura, e do Sindicato dos Operadores Portuários de Pernambuco (Sindope).