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Advogado de Bolsonaro admite que aliados podem ter sugerido golpe a ex-presidente

Defesa nega que ex-presidente tenha embarcado em trama golpista

Jair Bolsonaro entre os generais Paulo Sérgio Nogueira e Marco Antônio Freire Gomes: militares foram citados pelo hacker Walter Delgatti à CPI - Cristiano Mariz

O advogado Paulo Amador Bueno, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira que é “crível” que o antigo mandatário tenha sido abordado por aliados com propostas de golpe de Estado. O defensor, no entanto, afirma que Bolsonaro não aderiu à trama golpista.

Para a PF, no entanto, Bolsonaro atuou diretamente na ofensiva antidemocrática. Ele foi indiciado ao lado de 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa.

"É crível que as pessoas o abordassem com todo tipo de proposta. Mas é fato que ele não aderiu. Quando acaba a eleição ele se recolhe no Alvorada e passa a ser muito pressionado por vários apoiadores. Mas ele jamais cogitou dar golpe de Estado", disse Amador Bueno.

Questionado se os comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Junior, mentiram em seus depoimentos na PF em quais relatam que Bolsonaristas lhes apresentou uma minuta golpista, o advogado diz que não, mas nega o teor do documento:

"Eles conversaram, assim como os ministros, diversas vezes com o presidente, mas nunca foi tratado de algum movimento golpista".