Confraternizações de trabalho: como se comportar sem perder a leveza, nem deixar de se divertir?
Encontros exigem equilíbrio entre descontração e postura adequada para não deixar que gafes possam refletir negativamente sobre imagem no trabalho
Com a aproximação das festas de fim de ano, chega também o momento das confraternizações. Tais celebrações servem para marcar o encerramento de um ciclo em momentos de integração e descontração, principalmente no ambiente corporativo. Nesse caso, é crucial que se leve em consideração que, apesar de ser uma ocasião festiva, ainda se trata de um evento dentro do âmbito profissional.
Segundo especialistas em etiqueta corporativa, esses encontros exigem um equilíbrio entre a descontração e a postura adequada para evitar deslizes que possam refletir negativamente sobre sua imagem no trabalho.
Bom senso
O dilema entre casualidade e profissionalismo se aplica, principalmente, ao traje. Georgina Santos, colunista da Folha de Pernambuco e especialista em gestão estratégica de RH, orienta que o vestuário deve refletir o tom do evento, mas sem excessos.
“A regra é sempre o bom senso, adequar a roupa ao evento sem comprometer sua imagem profissional. Mesmo em uma confraternização na praia, por exemplo, o ideal é sempre evitar excessos e controlar a exposição desnecessária do corpo”, afirma a colunista.
Outro erro frequente, segundo a especialista em etiqueta e comportamento, Claudia Matarazzo, é misturar o ambiente de festa com questões de trabalho. “Nunca utilize esse momento para pedir aumentos ou discutir projetos. Existe um espaço apropriado para isso, e a confraternização não é o lugar”, alerta Claudia.
Comportamento
Georgina destaca que as confraternizações permitem interações informais entre diferentes níveis hierárquicos, mas é importante manter um tom respeitoso.
“Essas interações são bem-vindas e devem ser incentivadas, mas com cuidado. Pode conversar, brincar e até dançar, mas evitando comportamentos que possam ser mal interpretados, como intimidades excessivas ou brincadeiras inadequadas”, observa Georgina.
Tanto Georgina quanto Claudia concordam que o consumo de álcool é uma das principais “cascas de banana” das confraternizações.
“A chave é conhecer e respeitar seus limites. O consumo deve ser moderado, e é essencial manter-se sóbrio para evitar comportamentos constrangedores”, orienta Georgina.
Assuntos polêmicos, como política e religião, também devem ser evitados. “Caso o assunto polêmico surja, desvie com naturalidade: ‘Vamos falar de algo mais leve?”, sugere Claudia.
Pós-evento
Após o evento, um simples gesto de agradecimento, como uma mensagem no grupo de Whatsapp, pode reforçar boas impressões. Além disso, se houve qualquer deslize durante a celebração, Georgina destaca que é importante que se peça desculpas a quem foi afetado, pois ficar calado não é uma opção.
“Ficar calado é fazer de conta que as pessoas não viram. Se você sabe que gerou repercussão, o ideal é pedir desculpas”, conclui Georgina.