Vale eleva meta de produção de minério de ferro e vê custo menor
Números foram detalhados pela mineradora em evento anual para investidores em Nova York
A Vale informou nesta terça-feira novas metas de produção para os próximos anos e atualizou as projeções para 2024. A expectativa é chegar ao fim de dezembro com um volume de 328 milhões de toneladas de minério de ferro, principal produto da empresa. O patamar é superior à previsão anterior, anunciada em setembro, que oscilava entre 323 milhões e 330 milhões de toneladas.
Os números foram detalhados em Nova York durante o Vale Day, reunião anual da companhia com investidores e analistas de mercado. Para o ano que vem, a projeção é de uma produção entre 325 milhões e 335 milhões de toneladas, e de 340 milhões a 360 milhões de toneladas em dois anos.
Outro destaque foram os metais. No cobre, a meta da mineradora é encerrar 2024 com 345 mil toneladas produzidas, e alcançar de 340 mil e 370 mil toneladas no ano que vem. Para o níquel, são 160 mil toneladas neste ano, com previsão de 160 mil e 175 mil toneladas em 2025.
– Queremos chegar a 500 mil toneladas de cobre na agenda 2030. Estamos focados para acelerar esses volumes para o mercado com altos níveis de retorno – afirmou o CEO Gustavo Pimenta em seu primeiro Vale Day.
Outro ponto discutido foram os custos diretos de produção – que incluem as despesas de mina, processamento, ferrovias e portos – em US$ 22 milhões por tonelada de minério de ferro.
O patamar é inferior ao esperado por analistas. Relatório do Itaú BBA destacou na segunda-feira que a expectativa era que o valor por tonelada ficasse abaixo de US$ 20, patamar que só deve ser alcançado, nas previsões da companhia, no ano que vem.
– A orientação é de até US$ 18 a US$ 19,5 por tonelada, em termos nominais, até 2030. Estamos confiantes de que isso é totalmente possível com os programas de eficiência e performance – disse Murilo Muller, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores.
A Vale informou ainda que o total de investimentos em 2024 deve fechar em US$ 6,1 bilhões, sendo a maior parte do montante, US$ 4,4 bilhões, para manutenção, e US$ 1,7 bilhão para crescimento. A partir do ano que vem, o investimento deve ficar em 6,5 bilhões.