Após ser ouvido por Moraes, Mauro Cid vai prestar novo depoimento à Polícia Federal
Tenente-coronel foi um dos 37 indiciados pela PF por envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestará um novo depoimento à Polícia Federal nesta semana. O interrogatório ocorre duas semanas depois de ele ser ouvido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que decidiu manter a validade da colaboração premiada fechada entre Cid e a PF.
O militar foi intimado pelo delegacia responsável por inquéritos relacionados ao ex-presidente. Cid, Bolsonaro e outras 35 pessoas foram indiciados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa no âmbito do inquérito sobre a trama golpista, em 22 de novembro.
Esta investigação foi concluída pela PF e remetida à Procuradoria-Geral da República (PGR) na última semana.
Em novembro, Cid foi intimado a prestar esclarecimentos à PF sobre possíveis omissões em seus depoimentos - o que violaria as cláusulas do acordo.
Depois, ele foi a uma audiência com Moraes na qual confirmou a reunião ocorrida na casa do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto para tramar um golpe de Estado.
Segundo a PF, o apartamento do general do Exército foi usado para um encontro em 12 de novembro de 2022, onde teria sido discutido um plano para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.
“O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal. As informações do colaborador seguem sob apuração das autoridades competentes”, informou o gabinete de Moraes.