EUA

Polícia dos EUA prende suspeito de assassinar CEO em Nova York

Caçada ao atirador que matou Brian Thompson, presidente-executivo da UnitedHealthcare, entrou em seu quinto dia nesta segunda-feira

Polícia dos EUA busca assassino do CEO Brian Thompson - Reprodução

A polícia da Pensilvânia, nos Estados Unidos, prendeu, nesta segunda-feira (9), um homem que estava com uma arma semelhante à utilizada no assassinato do CEO da seguradora de saúde UnitedHealthcare. Brian Thompson foi morto na última quarta-feira em Nova York. 

O suspeito foi identificado a partir de uma dica de alguém que o viu por volta das 9h15 da manhã em um restaurante McDonald's em Altoona, disse uma das autoridades.

O homem mostrou à polícia a mesma identificação falsa de Nova Jersey que o suspeito que acreditava ser o atirador apresentou quando fez check-in em um albergue no Upper West Side de Manhattan em 24 de novembro. Ele tinha uma arma, um silenciador e mais carteiras de identidade falsas.

O homem estava com uma arma como a usada no tiroteio, chamada de arma fantasma, montada a partir de peças compradas online. O suspeito está sob custódia por acusações locais, disse um oficial, possivelmente relacionadas à apresentação da identificação falsa à polícia.

Câmeras capturaram imagens do atirador que matou Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, maior seguradora de saúde dos Estados Unidos | Foto: Reprodução

Ele não foi preso ou acusado em conexão com o assassinato, e as autoridades ainda não divulgaram seu nome. Investigadores da polícia de Nova York estão viajando para Altoona. A polícia estava procurando o atirador desde o ataque de quarta-feira de manhã ao executivo, Brian Thompson, do lado de fora de um hotel em Midtown. Eles acreditam que o assassino deixou Nova York de ônibus logo depois.

O suspeito agora sob custódia chegou a Altoona, no oeste da Pensilvânia, em um ônibus Greyhound. Acredita-se também que o assassino do Sr. Thompson tenha pegado o transporte quando chegou à cidade de Nova York dez dias antes do tiroteio.

As autoridades policiais solicitaram a lista de passageiros do ônibus Greyhound que o homem teria levado para Altoona, para verificar se algum nome corresponde a algum dos documentos de identificação falsos que o homem detido no McDonald's estava portando. O assassinato desencadeou uma caçada humana que se estendeu muito além da cidade de Nova York e atraiu dias de atenção nacional.

Suspeito detido foi encontrado com manifesto
O manifesto escrito à mão encontrado com o homem detido em Altoona criticava as empresas de saúde por priorizarem os lucros em detrimento do cuidado, de acordo com um alto funcionário da polícia.

Como aconteceu o crime?
O atirador chegou a Nova York em 24 de novembro e, dez dias depois, abriu fogo contra Thompson fora da conferência anual de investidores de sua empresa, realizada em um hotel próximo ao Radio City Music Hall e ao Rockefeller Center.

De acordo com o chefe dos detetives, o suspeito desembarcou de um ônibus que saiu de Atlanta e fez várias paradas no trajeto, embora a polícia não tenha informado onde ele embarcou. Apesar de os investigadores possuírem uma lista de passageiros, nenhum deles foi obrigado a apresentar um documento de identidade ao subir no veículo. As autoridades acreditam que o suspeito usou um documento falso e estão tentando obter informações de um celular encontrado no caminho que ele usou para fugir.

Imagens divulgadas

Polícia de NY divulga nova foto de suposto assassino de CEO | Foto: Divulgação/Polícia de NY


Durante a caçada pelo suspeito, a polícia americana divulgou duas novas imagens do homem. Os novos registros foram captados de dentro de um carro. Numa delas, o suspeito aparece no banco de trás de um táxi, com moletom, capuz e máscara facial.

Já na segunda, ele surge fora do veículo, também com o rosto coberto. As imagens foram divulgadas depois de a imprensa americana reportar que investigadores recolheram uma mochila perto do local do crime e encontraram nela uma jaqueta da marca Tommy Hilfiger e notas de dinheiro do jogo de tabuleiro Banco Imobiliário.

O FBI oferecia uma recompensa de US$ 50 mil (mais de R$ 300 mil) por informações sobre o suspeito. No sábado, o prefeito de Nova York, Eric Adams, afirmou que "a rede está se fechando" em torno do atirador.