Bolívia extradita aos EUA ex-chefe antidrogas de Morales
Dávila, 60 anos, foi levado da prisão de San Pedro, em La Paz, para o aeroporto de El Alto
A Bolívia entregou nesta quinta-feira (12) aos Estados Unidos Maximiliano Dávila, ex-chefe antidrogas do governo de Evo Morales, que deverá responder perante um tribunal desse país por acusações de tráfico de drogas, informou o Ministério de Governo.
“O estado de Nova York está solicitando sua extradição (...). Ele já está nas mãos da Justiça americana”, disse o diretor das prisões bolivianas, Juan Carlos Limpias, em entrevista coletiva.
Dávila, 60 anos, foi levado da prisão de San Pedro, em La Paz, para o aeroporto de El Alto.
O avião que o levou para os Estados Unidos partiu por volta das 08h45, horário local (09h45 em Brasília).
O Departamento de Estado suspeita que o ex-coronel da polícia, que foi encarregado da luta antidrogas no último ano do governo de Morales (2006-2019), protegeu traficantes de drogas e fez parceria para exportar mais de uma tonelada de cocaína para o território americano.
Em setembro de 2020, foram apresentadas acusações contra ele no Distrito de Nova York sob a acusação de “suposta conspiração para importar ilegalmente substâncias controladas” e “conspiração para usar ou portar” armas durante uma negociação de narcotráfico.
O Departamento de Estado chegou ao ponto de oferecer uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levassem ao seu paradeiro.
O ex-coronel da polícia foi finalmente capturado em janeiro de 2022 na Bolívia, onde estava sendo processado por “lavagem de lucros ilícitos”.
“Ainda há crimes pendentes aqui no Estado boliviano. A extradição foi priorizada, mas depois que ele cumprir sua pena nos Estados Unidos, será devolvido ao país. Seus julgamentos não vão parar”, disse Limpias.