RIO DE JANEIRO

Ao menos 15 pessoas foram baleadas no Rio desde o início deste mês de dezembro

Nessa quinta-feira, três casos foram noticiados, como a do ex-secretário de turismo de Bariloche, que estava a caminho do Cristo Redentor

Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, foi baleada na cabeça - reprodução

Errar o caminho fez o turista Gastón Fernando Burlon virar alvo de traficantes. O argentino, que seguia para o Cristo Redentor com a mulher e a filha, teve o carro atacado a tiros ao entrar por engano numa comunidade do Rio Comprido. Atingido na cabeça e no peito, ele foi internado em estado gravíssimo.

No Méier, o sargento da PM Izailton Bezerra de Santana foi morto por assaltantes que tentaram roubar sua moto, quando ele voltava para casa com a filha na garupa. A triste rotina do Rio das balas fez pelo menos 13 vítimas desde o início do mês.

Quinta-feira (12)

Davi Delgado Magno, de 4 anos, morreu após ser baleado dentro do veículo de seu pai na noite de quinta-feira. O carro foi alvo de disparos por homens armados no Morro da Fé, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal, no Centro do Rio.

Gastón Fernando Burlón, de 51 anos, ex-secretário de Turismo de Bariloche, foi baleado na tarde de quinta-feira, quando ia para o Cristo Redentor acompanhado da família. O GPS do carro em que estavam o levou para um dos acessos à comunidade do Escondidinho, parte do Morro dos Prazeres. Ele está em estado gravíssimo no Hospital Souza Aguiar.

O sargento Izailton Bezerra de Santana, de 52 anos, morreu após ser baleado em uma tentativa de assalto no Méier, na Zona Norte do Rio. Ele era lotado no 23º BPM (Leblon) e havia acabado de sair do serviço quando foi atingido pelos disparos. Ele estava de moto com a filha de 18 anos quando foi abordado por criminosos que queriam levar o veículo.

Quarta-feira (11)

Allan Airam Barboza da Silva, de 6 anos, foi atingido por bala perdida durante o ataque a tiros que matou o comerciante Pedro Paulo Monteiro de Oliveira, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte. O menino está internado no Hospital Getúlio Vargas.

Terça-feira (10)

A médica oficial da Marinha Gisele Mendes de Souza e Mello foi baleada na cabeça, na manhã desta terça-feira, quando estava no Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio. A capitão de Mar e Guerra estava participando de um evento no auditório da Escola de Saúde da Marinha da unidade quando foi atingida. Durante a tarde, após passar por cirurgia, a morte da militar foi confirmada pela Marinha. O hospital fica no meio do complexo de favelas do Lins. No momento em que a militar foi atingida, ocorria uma operação policial na região.

Segunda-feira (9)

A contadora Alessa Vitorino, de 30 anos, morreu após levar um tiro nas costas enquanto policiais e bandidos se enfrentavam no Complexo da Maré. Ela dava carona de moto para Evelyn Santos, de 20, que também foi baleada e sobreviveu. No mesmo dia, dois homens foram feridos num tiroteio entre traficantes no Morro dos Macacos, em Vila Isabel.

Domingo (8)

Steve Maguerith Chaves do Nascimento, de 43 anos, foi morto após ser baleado na Penha, Zona Norte do Rio, durante uma tentativa de assalto. O arquiteto estacionava o carro para ir à missa na Igreja de Nossa Senhora da Cabeça, por volta das 19h, quando foi abordado por dois homens numa moto. No susto, Steve deixou o carro dar um solavanco, o que fez o assaltante efetuar os disparos. O tiro acertou a cabeça da vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

Sábado (7)

Uma bala perdida feriu uma adolescente de 17 anos no momento em que um PM reagiu a um assalto em Caxias.

Sexta-feira (6)

Os irmãos Caíque e Mirela, de 10 e 6 anos, foram feridos durante tiroteio entre traficantes e milicianos na Gardênia Azul. Uma mulher também foi atingida. Os três sobreviveram.

Quinta-feira (5)

Kamila Vitória, de 12 anos, morreu após ser atingida por bala perdida na Favela do Guarda, em Del Castilho.

Terça-feira (3)

O PM Marco Antônio Matheus Maia, de 37 anos, foi morto com um tiro de fuzil no Morro do Quitungo, Brás de Pina. Ele estava de folga e, ao se deparar com um grupo de criminosos, foi alvejado. O agente estava na corporação há 13 anos e já foi encontrado morto, dentro de seu carro.