Bomba que feriu criança no Sport pode ter sido deixada por organizada, diz diretor
Na última quinta-feira (12), um menino de 11 anos perdeu o dedo indicador da mão direita após a explosão de um artefato
O Sport acredita que a bomba que feriu o jovem Erick Gabriel Gomes de Araújo, de 11 anos, na última quinta-feira (12), em frente ao clube, pode ter sido deixada dentro das dependências rubro-negras por membros de torcidas organizadas.
Em entrevista à Folha de Pernambuco, o diretor de segurança do clube, o coronel Adalberto Ferreira, pregou cautela ao falar sobre o assunto. Entretanto, não descartou a possibilidade do artefato ter sido escondido nas dependências da instituição. Nesta sexta-feira, uma varredura foi feita no local.
"Não sabemos de onde vem o artefato. Supomos que foi deixado por alguma organizada de forma má intencionada dentro do clube. Infelizmente, deu no que deu e a criança se machucou", iniciou.
"Nós isolamos a área, requisitamos o serviço da Polícia Militar para fazer a varredura no local com um pessoal especializado e cães. Não foi encotrado mais nenhum artefato", seguiu.
Erick teria encontrado o explosivo na quadra de basquete do clube, na manhã da última quinta. Aluno da escolinha de futsal de um projeto social do Sport, o menino estava saindo da Ilha no momento do ocorrido. Ele perdeu o dedo indicador da mão direita.
Segundo Adalberto, há a possibilidade da bomba ter sido deixada no local nos últimos dias de novembro, antes do Sport entrar em campo pela última vez na Série B, diante do Santos. Durante o confronto com o Peixe, inclusive, uma explosão foi registrada na torcida visitante.
"Acreditamos que deve ter sido do jogo com o Santos ainda. Inclusive, teve um artefato que foi estourado na torcida do Santos no jogo. Não temos certeza do que ocorreu, achamos que usaram um artefato naquele dia e esse ficou escondido. Já fizemos várias limpezas antes na região e nunca foi encontrado nada. A criança, desta vez, mexeu por ali, achou o artefato e infelizmente se machucou", pontuou o diretor.
"Aquele corredor onde o menino achou o artefato é onde é acontece o receptivo da torcida quando os jogadores chegam. A gente supõe que pode ter sido ali. Encaminhamos tudo para a Polícia Civil, que está investigando o caso", explicou o coronel.
Através de comunicado em seu site oficial nesta sexta, o Sport informou "colaborar com as investigações e repudia qualquer ato de violência. O clube está à disposição da família para dar suporte no que for necessário neste momento delicado".