TECNOLOGIA

Apple libera, nesta terça-feira (17), função para identificar apneia do sono; veja como funciona

Recurso estará disponível no Apple Watch a partir dos modelos da Série 9 e em toda a linha Ultra

Apple watch 9 - Reprodução/X

A Apple inicia nesta terça-feira, no Brasil, a função que ajuda a identificar indícios de apneia do sono. O recurso estará disponível nos relógios da marca, o Apple Watch, a partir dos modelos da Série 9 e em toda a linha Ultra.

Para acessar o recurso, o usuário precisa atualizar o sistema operacional do relógio, o WatchOS, e do iPhone, o iOS. A nova função no Brasil foi liberada após o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

A apneia do sono é um distúrbio que causa episódios repetitivos de pausas na respiração durante o sono. Estima-se que essa condição afete mais de um bilhão de pessoas no mundo todo e, na maioria dos casos, não é diagnosticada. Se não for tratada, a apneia do sono pode ter consequências graves para a saúde, como maior risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e problemas cardíacos.

Os modelos contam com um acelerômetro que foi treinado com aprendizado de máquina, utilizando um amplo conjunto de dados de testes de apneia do sono, para detectar movimentos no pulso associados a interrupções nos padrões respiratórios durante o sono.

Assim, a cada 30 dias, os dados de distúrbios respiratórios são analisados (um PDF é gerado) e o usuário recebe uma notificação. Nesse informe, são gerados dados sobre as alterações respiratórias dos últimos três meses.

No início de outubro, a Apple começou a vender a Série 10 do Apple Watch, com preço a partir de R$ 5.499, e a nova versão da linha Ultra 2, a partir de R$ 10.499. Ou seja, a função estará liberada para quem possui um modelo lançado a partir de 2023.

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No pulso, o acompanhamento dos movimentos é feito com uma nova métrica chamada Distúrbios Respiratórios. As informações são registradas nos aplicativos Saúde e Vitals, que reúne métricas como frequência cardíaca, no iPhone e no iPad, e classificadas como altas ou baixas. Esses registros podem ser consultados por períodos de um mês, seis meses ou um ano.

Todo mês, o usuário recebe uma notificação se houver indícios consistentes de apneia do sono. Matt Bianchi, cientista pesquisador da Apple na área de tecnologias da saúde, diz que o relógio possui sensores com algoritmos testados clinicamente. Ele cita o uso do acelerômetro para medir pequenos movimentos que acontecem com o corpo durante o sono.

— Para isso, é analisado o padrão de respiração que se reflete no movimento do pulso. Então, a cada 30 dias, os dados de distúrbios respiratórios são analisados. Esse rastreamento de sono também pode ser usado para que o usuário consiga entender como o estilo de vida pode estar afetando o sono, seja pelo consumo de álcool ou uso de medicamentos. O sono é absolutamente fundamental para a nossa saúde e bem-estar. Hoje, 80% das pessoas não sabem que sofrem de apneia.

Bianchi lembra ainda que o uso da função não substitui uma opinião médica. O recurso do Apple Watch consegue detectar indícios de apneia do sono de moderada a grave.

— É mais uma camada adicional de proteção.