MÚSICA

Zezé Motta dá voz a canções de Caetano Veloso em show gratuito na Caixa Cultural Recife

Atriz de 80 anos sobe ao palco da Caixa nesta quinta (19) e sexta (20), e dá vazão a outra de suas facetas como artista: a Zezé intérprete

Zezé Motta, atriz e cantora - Reprodução/Instagram

A Zezé Motta por trás da Zezé Motta atriz da televisão e do cinema, com carreira consolidada há pelo menos cinco décadas e no auge de 80 anos de vida, é a que assume palco e microfone e o tanto quanto, arranca aplausos efusivos quando, por exemplo, entrega-se  ao show “Coração Vagabundo - Zezé Canta Caetano”.

Nesta quinta (19) e sexta (20), na Caixa Cultural Recife, no Bairro do Recife, e com acesso gratuito - retirados na bilheteria do equipamento cultural uma hora antes da apresentação - será a Maria José Mota, carioca nascida em junho de 1944, que o público vai (re)conhecer como intérprete, e sob a companhia de um piano com o maestro Ricardo Maccord.

 

Com “Odara” ou com “Sampa”, passando por “Luz do Sol” e “Tigresa” -  a de “unhas negras e íris cor de mel”, a mulher cuja beleza ‘aconteceu’ a Caetano Veloso e o levou a dedicar a canção composta na década de 1970, exatamente a Zezé Motta - que o público vai se deleitar, assim como fazia com a atriz do filme "Xica da Silva" (1977) e da novela "Corpo a Corpo" (1984), de "Esplendor (2000) e de "Porto dos Milagres" (2001), entre outras tramas televisivas e produções no cinema.

Aliás, em seu primeiro disco solo “Zezé Motta” (Warner, 1978), a artista carioca recebeu do baiano “Pecado Original”e a gravou. “Miragem de Carnaval” para “Tieta”, de Cacá Diegues, no cinema - ocasião em que ela atuou como atriz e como intérprete.

Zezé, a "Tigresa" de Caetano



É provável que, em se tratando de Caetano Veloso e suas musas inspiradoras que culminam em letras de músicas, não há que se duvidar que não haveria outra "Tigresa" senão Zezé Motta, para discorrer sobre a mulher que falou "que o mal é bom, e o bem cruel".

São mais de dez discos gravados, com uma artista que expõe em voz o seu também poderio de atuação no cantar, exalando sensualidade em voz veemente, exaltada no tom certo e serena quando requer que seja.

E foi a partir da década de 1960 que Zezé Motta surgiu como intérprete, passando por Caetano Veloso e chegando a Jards Macalé e Luiz Melodia, entre outros nomes de peso da Música Popular Brasileira que tiveram no timbre da artista carioca incremento importante, a exemplo de sua interpretação em "Trocando em Miúdos”, de Francis Hime e Chico Buarque.

O palco que Zezé Motta pisa, portanto, é amplo, com espaço para um fazer artístico que vai além do seu ofício de atriz, o mais conhecido deles. Como cantora, ainda falta a boa parte do público conhecê-la para ter o mesmo arroubo de admiração.

Crédito: Reprodução/Instagram

Foi a partir da década de 1960 que Zezé Motta surgiu como intérprete, passando por Caetano Veloso e chegando a Jards Macalé e Luiz Melodia, entre outros nomes de peso da Música Popular Brasileira que tiveram no timbre da artista carioca um "Trocando em Miúdos”, de Francis Hime e Chico Buarque e uma “Rita Baiana”, de John Neschling e Geraldo Carneiro, incrementadas por ela no palco amplo que povoa seu fazer artístico.

Serviço
Show de Zezé Motta “Coração Vagabundo - Zezé canta Caetano”

Quando: nesta quinta (19) e sexta (20), às 20h
Onde: Caixa Cultural Recife - Av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife
Acesso gratuito (ingressos distribuídos na bilheteria, uma hora antes do show)
Informações: @caixaculturalrecife