Arquipélago francês de Mayotte tenta voltar à normalidade após passagem de ciclone
O ciclone Chido, o mais forte a atingir Mayotte em 90 anos, atingiu ventos de mais de 220 km/h
A situação no arquipélago francês de Mayotte, que foi devastado pelo ciclone Chido e será visitado pelo presidente francês na quinta-feira, ainda era muito difícil nesta quarta-feira (18) devido à falta de alimentos e água.
De acordo com números provisórios, o ciclone matou 31 pessoas e feriu 1.373, embora as autoridades temam um número muito maior de vítimas nessa que é a região mais pobre da França no Oceano Índico.
Os habitantes dos bairros mais pobres da capital, Mamoudzou, estavam tentando consertar suas casas nesta quarta-feira.
“Pouco a pouco, estamos colocando os serviços em funcionamento à medida que conseguimos limpá-los”, disse à AFP Jean-Mathieu Defour, diretor do CHM, o principal hospital do arquipélago.
As autoridades prometeram instalar um hospital de campanha com 100 leitos.
O presidente francês, Emmanuel Macron, viajará para Mayotte na quinta-feira, onde planeja visitar os pacientes do hospital e um dos bairros mais afetados. O avião presidencial também transportará quatro toneladas de alimentos e ajuda médica, além de equipes de resgate.
O ciclone Chido, o mais forte a atingir Mayotte em 90 anos, atingiu ventos de mais de 220 km/h. Cerca de um terço da população do arquipélago tem moradias precárias, agora destruídas.
Para evitar saques, um toque de recolher está em vigor desde terça-feira, entre 22h e 4h, horário local, supervisionado por cerca de 2.000 policiais.
“Nunca vi um desastre dessa magnitude em território nacional. Estou pensando nas crianças cujas casas foram explodidas, cujas escolas foram destruídas”, disse o novo primeiro-ministro da França, François Bayrou, na terça-feira, que afirmou que viajaria para Mayotte ‘assim que seu governo fosse formado’.