Padilha nega desidratação de pacote de corte de gastos e diz que governo concorda com fim do DPVAT
Equipe econômica, porém, vê prejuízos. Ministro esteve no Senado Federal para acertar a votação dos projetos de ajuste fiscal
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou que a Câmara dos Deputados tenha desidratado as propostas que compõem o pacote de corte de gastos do governo e disse que é prerrogativa do Congresso falar mudanças. Ele ainda afirmou que houve concordância do governo com o fim do DPVAT, durante negociação do plenário da Câmara.
Secretários da equipe econômica, porém, sob anonimato, discordaram e disseram que o cancelamento do seguro, além de trazer prejuízos econômicos, era algo necessário para ajudar em casos de acidentes. O seguro obrigatório é a única opção para aqueles que não tem condições financeiras de ter um seguro particular e se envolvem em acidentes graves.
— Como médico posso dizer: não existe nenhum sinal clínico de desidratação do pacote encaminhado pelo ministro (da Fazenda) Fernando Haddad aqui para o Congresso Nacional. O termo desidratação que está sendo usado é incorreto. Não tem nenhuma alteração no texto que signifique desidratação. Com relação ao cancelamento do DPVAT, o governo concordou — disse Padilha.
O ministro ainda disse esperar que os projetos saiam do Senado direto para a sanção, o mais rápido possível.
— A expectativa é concluir a votação no Senado e dar a demonstração de que esse governo faz de tudo para cumprir a meta fiscal. Vamos trabalhar para que os textos saiam do Senado para a sanção.