Ao menos 75 mortos em Moçambique pela passagem do ciclone Chido, segundo novo balanço
Diante dos danos, a União Europeia anunciou uma "ajuda de emergência"
O ciclone Chido deixou ao menos 75 mortos em Moçambique, o país mais afetado no continente africano, segundo um novo balanço atualizado com mais dois óbitos e divulgado nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres.
Após passar pelo oceano Índico, onde devastou o pequeno arquipélago francês de Mayotte, o ciclone atingiu no domingo Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, deixando cerca de 800 feridos, principalmente na província de Cabo Delgado, ao norte.
Nas áreas devastadas pela tempestade, onde as rajadas de vento alcançaram 260 km/h, cerca de 330.000 pessoas foram afetadas, de acordo com as autoridades, que decretaram dois dias de luto nacional a partir desta sexta.
Diante dos danos — quase 40.000 casas totalmente destruídas —, a União Europeia anunciou uma "ajuda de emergência".
"Foi atribuído um auxílio humanitário de emergência de 900.000 euros (935 mil dólares, 5,78 milhões de reais) para as comunidades afetadas em Moçambique", informou um comunicado da Comissão Europeia, mencionando "abrigo, água e cuidados de saúde".
"Cinco voos de um corredor aéreo humanitário fornecerão 60 toneladas de ajuda de emergência, incluindo materiais para abrigo, dos armazéns da UE em Nairóbi até Pemba, Cabo Delgado", acrescentou.
Em Mayotte, uma estimativa preliminar indica que houve cerca de 30 mortos, embora as autoridades francesas temam que o número real seja muito maior.