Confraternização de pacientes de hemodiálise da Uninefron
Para Dra. Fernanda, Dra. Roberta e Dra. Vivianne, queridas cientistas e anjos da guarda:
A vida tem os altos e os baixos, o calor e o frio, e a cada um de nós é dado por Deus o poder de enfrentamento a esses momentos.
O paciente com doença renal crônica (DRC) tem limitações que devem ser respeitadas, mas muito mais respeito devemos à vida e as suas múltiplas possibilidades de (in) felicidades, o cardápio é o do freguês.
Aprendemos com o tempo, senhor absoluto da razão, que a pior forma de comportamento nas situações limites é a de vitimização, o famoso pobre coitado. Esse é um péssimo caminho para se andar.
A DRC faz parte da minha vida e da vida de alguns bravos companheiros de batalha e de trajetória.
Procurei, por questão de saúde emocional e espiritual, a companhia daqueles que tem uma postura positiva e de fé diante do tratamento, mesmo reconhecendo em cada um nós o legado da fragilidade humana que o nosso Pai Adão nos deixou.
Por uma questão de foro íntimo procurarei o transplante, respeitando aqueles que já abdicaram dessa ideia.
Nossa CONFRA foi ótima, vejam que fotos maravilhosas, de alegria e pura camaradagem.
Não procuramos um lugar chique, procuramos um lugar funcional e de grande calor humano, com todas as boas condições.
O nome do achado?: O Amarelinho, ponto de passagem de uma classe média displicente e tranquila e também caminho para a praia de algumas Garotas de Ipanema que nos derrubavam da cadeira só com o olhar, que Tom e Vinícius foram dois “covardes” por atiçarem nossos sentidos e nos fazer lembrar que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar, como cantou o monstro Belchior.
Sem demérito de nenhum amigo começo pela presença de Raul Souza, os demais amigos virão na ordem alfabética.
Raul Souza foi um dos meus primeiros contatos naqueles tempos de incertezas.
E ele foi gente, foi perspicaz e decente comigo. Nenhuma palavra me assustou, tudo que ele me disse foi de serena aceitação e compreensão do que eu viveria dali pra frente.
Até porque, como eu melhor me conheci através do grande escritor brasileiro João Guimarães Rosa, isso martelava no meu quengo:
“O maior direito que é meu - o que quero e sobrequero - é que ninguém tem o direito de fazer medo em mim!”
Barreto é um caso à parte:
Dificilmente encontraremos homem mais afetuoso, educado, cauteloso e generoso que ele.
O homem é um príncipe.
Como a vida de cada um de nós não pode servir de fofoca entre os pares, percebe-se, todavia, pelo seu vestir esmerado e pela sua educação que ele é um homem bem sucedido na vida. Ele é um homem de grandes e vitoriosas batalhas. Que Deus, na sua Misericórdia, conceda-nos a graça de sua convivência por muito tempo.
Botelho ou Canuto é outro gigante que se fez presente nas nossas vidas.
Um homem inspirador pela sua coragem e resiliência.
Empresário de tradição e de extraordinária situação teve na pandemia recente que nem o nome digo dificuldades com os seus negócios de engenharia, agravados por uma cirurgia bariátrica. Ele jamais foi ao chão. Aposentou a cadeira de rodas, dirige - dirigente de sua vida - e nos fornece excelentes produtos da sua chácara em Gravatá.
Botelho, você é inspirador!
Cleiton Rafael é um daqueles raros caras que sabe onde estão os principais negócios e as famílias de tradição do Recife.
Aguarda uma filhinha, agora para fevereiro.
Bom de farra mas não menos responsável que nenhum de nós.
Tem um senso de humor devastador, o que decerto faz bem a todos nós.
Há dias que nem ele escapa dele mesmo, o isso nos faz pensar que mistério é o homem e suas reações!
Ele já escolheu três de nós para compadres, mais o compadre Eduardo Monteiro. Não sei qual padrinho eu serei.
Ele todo dia buzina que padrinho é aquele que paga a conta do batizado.
De burrice e besta esse compadre não tem nada, ÔXE!
O Coronel Edmilson foi XERIFE em Ouricuri, Araripina, Bodocó e Novo Exu.
Um homem duro, tomou a arma do irmão do governador em Araripina, não devolveu e foi transferido para o Novo Exu, para fazer companhia a Luiz Gonzaga na pacificação das famílias Alencar e Sampaio. Rsrsrsrsrs.
Cumpriu seu dever cívico.
Nossas melhores festas são na sua casa, conduzidas pela sua linda esposa, a Dra. Eudóxia, uma grande figura do nosso dia a dia.
Cleiton conta que o Coronel Edmilson foi um grande sedutor no Sertão do Araripe, que foi necessário a presença da Dra. Eudóxia naquelas praças de guerra para acabar aquele fuá. Ôxe, Coronel, o senhor tá doído, é?
Por fim, mas não menos importante, o funcionário público federal Givanilson, ora aqui, ora em Brasília, um cavaleiro feliz, ele e sua bela esposa.
Pelo que entendi, o Gil trabalha com questões sociais de terra e de pessoas com carência de assistência de qualquer espécie, trabalha com homens e mulheres, não com meliantes.
Vou com certeza saber mais do Gil, quem sabe o homem não é o Ministro da Fazenda disfarçado de paciente?
Ele é um olindense, tem o sol no rosto e no sorriso feito o meu querido Eduardo Moraes, outro filho da Marim dos Caetés.
Zé da Coruja!