Estudo mostra que o consumo de frutas e vegetais pode reduzir o risco de desenvolver depressão
Trabalho foi publicado na revista científica Scientific Reports
Há muito especialistas afirmam que a alimentação rica em frutas e vegetais é um grande pilar na manutenção da saúde. Recentemente, pesquisadores descobriram que esses alimentos podem reduzir o risco de desenvolver depressão em adultos.
No estudo, foram considerados parte do grupo de alto consumo aqueles que comem em média 2,1 e 2,0 porções diárias médias de frutas e vegetais, respectivamente, e aqueles com baixo consumo com apenas 0,3 e 0,5 porções diárias médias.
A partir disso, a equipe observou uma diferença considerável nos sintomas depressivos entre aqueles com alto e baixo consumo destes alimentos essenciais. Por outro lado, a diferença foi menos expressiva quando foram comparados os grupos de consumo moderado e baixo.
"A descoberta deste estudo de uma associação protetora entre maior ingestão de frutas e vegetais e sintomas depressivos é consistente com a maioria das evidências anteriores", escreveram os autores.
O trabalho, publicado na revista científica Scientific Reports, utilizou o modelo de pesquisa que compara o desenvolvimento ao longo da vida de irmãos gêmeos. Por terem similaridades genéticas e crescerem dentro de um mesmo ambiente, é possível delinear a partir de gêmeos como fatores de risco afetam seres humanos de maneiras diferentes.
"Uma das vantagens do modelo de gêmeos é que ele pode ajudar a abordar a questão de fatores indesejados, como status socioeconômico no início da vida, que influenciam os resultados", ressalta a autora e geneticista Karen Mather, da University of New South Wales (UNSW).
Assim, foram incluídos participantes de quatro países: EUA, Austrália, Dinamarca e Suécia. Essas pessoas, acompanhadas por 11 anos, tinham idades acima dos 45 anos. A faixa etária foi definida seguindo as evidências de que os transtornos depressivos tendem a atingir seu momento de ápice entre os 55 e 75 anos.
Por outro lado, explicações mais detalhadas sobre as associações de causa e efeito entre os alimentos e a diminuição do risco serão investigadas em estudos futuros.