Egito revela novas descobertas arqueológicas em Luxor
As descobertas datam do período entre a 15ª dinastia (1650-1550 a.C.) e a 18ª dinastia (1550-1292 a.C.)
O Egito revelou, nesta quarta-feira (8), novas descobertas arqueológicas em uma antiga necrópole na famosa cidade de Luxor, incluindo tumbas de 4.000 anos e obras de arte da época da rainha-faraó Hatshepsut.
Os artefatos, descobertos durante uma escavação de três anos, foram encontrados na região de Deir al Bahari da necrópole de Tebas, na margem oeste do Nilo, declarou em comunicado o egiptólogo Zahi Hawass, que liderou a missão em cooperação com o Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.
As descobertas datam do período entre a 15ª dinastia (1650-1550 a.C.) e a 18ª dinastia (1550-1292 a.C.), que incluiu faraós como a rainha Hatshepsut e o rei Tutancâmon.
A equipe descobriu uma parte intacta das fundações do templo do vale funerário de Hatshepsut, bem como suas obras de arte, incluindo baixos-relevos e inscrições de cores vivas e bem preservados.
Alguns dos 1.500 blocos decorados retratam a governante e seu sucessor, Tutmés III, realizando rituais sagrados.
"Essa é a coisa mais bonita que já vi em minha vida. É a primeira vez que temos um conjunto final de decorações de um templo da 18ª Dinastia", disse Hawass à imprensa.
Sob as fundações do templo, os arqueólogos descobriram ferramentas cerimoniais marcadas com o nome da rainha.
Outras descobertas importantes incluíram as tumbas em rocha de altos funcionários do Império Médio e uma da 17ª Dinastia do "Supervisor do Palácio" da rainha Tetisheri.
A governante era a avó do faraó Amósis I, que expulsou os hicsos, um povo da Ásia Ocidental que invadiu o Egito e controlou o delta do Nilo por quase um século.
Também foram descobertas valas de sepultamento com caixões de madeira marcados com um emblema de penas da 17ª Dinastia, bem como túmulos de crianças com brinquedos.