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UE pede que Venezuela pare com 'detenções arbitrárias'

Nesta sexta-feira, está prevista a cerimônia de posse de Nicolás Maduro como presidente reeleito da Venezuela

Manifestantes agitam bandeiras venezuelanas durante um protesto convocado pela oposição na véspera da posse presidencial em Caracas, em 9 de janeiro de 2025 - Federico Parra/AFP

A União Europeia pediu, nesta sexta-feira (10), à Venezuela que interrompa as detenções arbitrárias, um dia depois de relatos sobre a breve prisão da líder da oposição Maria Corina Machado após um protesto em Caracas.

"Temos visto recentemente a intimidação e a detenção da oposição. Isso é constante. Muitos deles, entretanto, enfrentam a repressão. E condenamos isso", disse uma porta-voz da Comissão Europeia, o braço Executivo da UE.

Ainda acrescentou "a UE pede à Venezuela que ponha fim a todas as detenções injustas e arbitrárias (...) e que garanta a libertação incondicional de todos os presos políticos".

Nesta sexta-feira, está prevista a cerimônia de posse de Nicolás Maduro como presidente reeleito da Venezuela, embora a oposição afirme que seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi quem de fato venceu as eleições de julho de 2024 por uma vitória esmagadora.

"Desde as eleições de 28 de julho, as autoridades venezuelanas endureceram a repressão e a perseguição contra a oposição e a sociedade civil e suas famílias", indicou a porta-voz.

Na rede social X, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, assegurou que Maduro "deveria enfrentar a justiça, não fazer um juramento ilegítimo. Devolva a Venezuela ao seu povo”, exigiu.

O Parlamento Europeu reconhece González Urrutia como "presidente eleito" da Venezuela e, em dezembro, lhe concedeu, junto à Machado, seu máximo reconhecimento em matéria de direitos humanos, o Prêmio Sakharov de Liberdade de Pensamento.