Vencedores do BBB que perderam tudo contraíram dívidas ao "torrar" valor do prêmio
Nomes como Cida, campeã do BBB 4, e Paula Von Sperling, do BBB 19, assumem que gastaram as quantias sem o devido controle financeiro
O valor do prêmio do BBB - Big Brother Brasil durou pouco tempo na conta bancária de alguns vencedores do programa. Campeões do reality show — que estreia a 25ª edição na próxima segunda-feira (8), às 22h25, após a novela " Mania de você", na TV Globo — relataram, nos últimos anos, que se viram em meio a dívidas e mais dívidas depois de deixarem o reality show e "torrarem" a quantia sem qualquer controle. É o caso de Paula Von Sperling (do BBB 19), Dhomini (do BBB 3), Cida (do BBB 4), Max (do BBB 9) e Rodrigo Cowboy (do BBB 2).
Em entrevista ao jornal "Extra", em 2020 , Rodrigo Cowboy contou que utilizou o valor do prêmio (à época, R$ 500 mil) para adquirir imóveis para as filhas, tornar-se inquilino de uma fazenda e comprar mil bezerros, por R$ 350 cada. Pois bem, após a gastança, os negócios minguaram e ele precisou morar de aluguel em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. E mais. Pouco tempo depois, o paulista que hoje trabalha como corretor de imóveis perdeu os bezerros, a fazenda que alugou e os apartamentos que deu para as duas filhas de seu primeiro casamento. Ficou sem nada no bolso.
— Continuo no que chamo de luta — contou ele, na ocasião. — Hoje em dia estou treinando cavalos e faço os meus negócios de corretagem. Tenho uma representação de ração de cavalos.
Há dois anos, Rodrigo Cowboy se juntou a Dhomini e Max Porto para estrelar o comercial de um banco. Na campanha publicitária, o trio assumia que, devido à ausência de controle financeiro, acabaram abandonando muito rápido o posto de milionários. Em meses, saíram do "tudo" para o "nada". Em 2022, Max ressaltou que, do montante que recebeu como campeão do programa — R$ 1 milhão —, pouco mais de uma década depois do fim do reality, "não sobrou nenhum centavo".
— Eu tinha muitos sonhos que eu queria realizar. O prêmio, para mim, foi um "vale-sonho". De lá para cá, eu me endividei bem — contou ele ao GLOBO, em 2022, época em que criou um curso on-line com dicas para vencer o reality show.
Já Dhomini — que viveu um romance com Sabrina Sato no confinamento — viu parte do dinheiro do "BBB 3" escoar num posto de gasolina mal administrado e em gastos no setor imobiliário. Com o passar dos anos, ele passou a entender que não era possível viver apenas com o patrimônio, ressaltando a importância de gerar renda. Passada a má fase, ele conta que conseguiu recuperar (e até quadruplicar) o valor do prêmio com novos investimentos.
— Fiz investimentos. Errei algumas vezes, acertei outras. Tenho uma casa confortável hoje, mas eu não vivo mais do prêmio. Ele circulou. Descobri que homem não vive de prêmio. Vive de renda! Tem que ter um rendimento mensal para ter vida próspera. Fica a dica pra quem vem aí — aconselha o ex-BBB.
Outra que também meteu os pés pelas mãos na administração do prêmio é Paula Von Sperling. Meses depois de conquistar o primeiro lugar no BBB 19, a mineira da cidade de Lagoa Santa já não tinha mais nada do prêmio de R$ 1,5 milhão. Paulinha, como era chamada, apostou na carreira de influenciadora digital. No Instagram, ela arrebanha 3 milhões de seguidores, o que lhe garante renda com publicidade.
"A pergunta que não quer calar: e o prêmio do BBB", questionou uma seguidora de Paula, há seis anos, por meio das redes sociais. A ex-BBB, então, confessou: "Espero que os sites de fofoca não vejam isso, mas já gastei. Dinheiro é pra quê?", questionou ela, dando gargalhadas.
A babá Cida Santos, primeira mulher a vencer o reality no BBB4, passou pelo mesmíssimo problema. Sim, ela também já não possui mais nada do prêmio. Pouco depois de deixar o confinamento, Cida emprestou dinheiro para amigos e foi fiadora do imóvel de uma ex-assessora — na ocasião, ela acabou tendo que assumir uma dívida relativa à propriedade. Sem emprego fixo, ela vendeu bolo de pote para sobreviver.
Atualmente, aos 40 anos, a ex-BBB mora em Itaguaí, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com o marido, que trabalha como entregador, e dois filhos adolescentes. Cida é dona de casa e faz trabalhos nas redes sociais esporadicamente.