Cessar-fogo em Gaza: Ministro palestino diz que Israel libertará 1,2 mil prisioneiros
Ao Haaretz, Qadura Fares informou que da lista de detidos que podem ser soltos 200 cumprem hoje prisão perpétua
O ministro de Assuntos de Detentos e Ex-detentos palestino, Qadura Fares, afirmou neste domingo ao jornal israelense Haaretz que, segundo informações obtidas pela pasta, a primeira etapa do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas que ainda está sendo desenhado libertaria 1,2 mil prisioneiros palestinos — dos quais 200 cumpririam penas de prisão perpétua.
Na véspera, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que uma delegação de altos funcionários do governo viajaria ao Catar para negociar uma proposta de trégua e a libertação de reféns.
Simultaneamente, as forças israelenses aprovaram planos para a rápida retirada em Gaza, ponto-chave para as negociações.
Entre os prisioneiros libertados estariam homens, mulheres e menores de idade, informou o ministro. Alguns deles são reincidentes, tendo sido presos novamente após terem sido soltos nas negociações pela libertação do soldado Gilad Shalit, em 2011, também sequestrado pelo Hamas.
O ministro destacou que a exigência de Israel para libertar mais reféns na primeira etapa "aumentará o preço" e que atualmente não há informações confiáveis sobre quantos prisioneiros a mais seriam libertados, mas estimou que centenas poderiam ser adicionados à lista.
A última troca entre os reféns sequestrados durante o ataque terrorista do Hamas em outubro de 2023 e prisioneiros palestinos ocorreu em novembro daquele mesmo ano.
Na ocasião, o acordo mediado pelo Catar, Estados Unidos e Egito libertou 110 reféns israelenses — mulheres e menores de idade — e estrangeiros em troca de 240 prisioneiros palestinos. Dos cerca de 250 pessoas sequestradas durante o ataque terrorista, que também matou 1,2 mil pessoas, 96 ainda estão mantidos no enclave, das quais 34 foram declaradas mortas pelo Exército israelense.