CORPO HUMANO

Afinal, para que servem as unhas dos pés?

Certamente não foi para pintá-las: elas se mantiveram ao longo da evolução da espécie por algumas razões

Não foi para fazer pedicure... - Freepik

O corpo humano é uma máquina que vem passando por muitas evoluções, embora ainda mantenha algumas partes supérfluas que não são mais essenciais para a sobrevivência. Entre elas, estão os mamilos masculinos e costelas flutuantes (sim, temos isso), dentes do siso e pelos no bumbum. Diante disso, surge uma pergunta: qual é o sentido das unhas dos pés?

É fácil pensar que as unhas dos pés têm pouco propósito além de abrigar infecções fúngicas, infelizmente.

As unhas das mãos têm uma função mais óbvia, e certamente não é pintá-las nem fazer decorações esquisitas: esses escudos achatados de queratina ficam por cima da delicada ponta do dedo, aumentando a sensibilidade tátil ao fornecer contrapressão e, assim, melhorando as habilidades motoras finas.

Pegar uma agulha minúscula da superfície de uma mesa é significativamente mais fácil graças às unhas. Além disso, elas podem ser usadas como uma ferramenta para arranhar e abrir embalagens.

De acordo com o portal científico IFL Science, por mais curioso que pareça, vale o mesmo para as unhas dos pés: elas fornecem proteção e ajudam a refinar a sensibilidade.

Dizem que pessoas sem unhas teriam mais dificuldade em sentir mudanças sutis no solo abaixo delas, aumentando o risco de perder o equilíbrio.

Essa característica não é tão evidente porque o Homo sapiens é um ser bípede que tende a confiar em suas mãos para manipulação tática sutil, não em seus pés.

O mesmo não pode ser dito dos primatas, muitos dos quais também têm unhas, assim como os humanos.

Não está claro por que a maioria dos primatas têm unhas planas, ao contrário de muitos outros vertebrados que possuem garras afiadas para caçar, arranhar e ferir.

No entanto, uma ideia é que as unhas achatadas ajudaram alguns de nossos ancestrais primatas comuns a subir em árvores e agarrar galhos (as garras poderiam atrapalhar essa função).

E, assim, as unhas se mantiveram. Quando alguns primatas deixaram as árvores e se tornaram bípedes, os dedos extra hábeis em suas mãos se tornaram úteis para criar ferramentas e manipular o mundo ao redor.

Os pés não eram mais necessários para agarrar galhos, mas as suas unhas forneciam alguma proteção básica (ou, pelo menos, não prejudicavam sua sobrevivência), então permaneceram.