"Ainda Estou Aqui" estreia nos EUA com 92% de aprovação no Rotten Tomatoes
Filme de Walter Salles estrelado por Fernanda Torres está cotado para indicações ao Oscar
Vencedor do Globo de Ouro de melhor atriz drama, com Fernanda Torres, "Ainda estou aqui" se prepara para chegar aos cinemas dos Estados Unidos nesta sexta-feira (17). O drama histórico dirigido por Walter Salles estreia inicialmente em Los Angeles e Nova York, cidades vistas como estratégicas na temporada de premiações. Em seguida, a produção será lançada em outras cidades americanas, sob distribuição da Sony Classics.
Nesta quarta, o longa fez sua estreia nos cinemas da França, onde contou com críticas majoritariamente positivas, embora texto do jornal Le Monde tenha deixado os brasileiros revoltados nas redes sociais após destacar a falta de emoção na interpretação de Fernanda Torres.
Na imprensa americana, o longa também conta com a aprovação da maioria da crítica. O site Rotten Tomatoes, que mede a aprovação de filmes na imprensa, aponta que "Ainda estou aqui" conta com 92% de aprovação pela crítica especializada, que vem escrevendo sobre o filme desde seu lançamento no Festival de Veneza, em setembro de 2024.
"Profundamente comovente e cativante. A direção de Walter Salles é notável em sua elegância e naturalismo", destacou a crítica de Jessica Kiang para a revista Variety. Já o crítico David Rooney, da Hollywood Reporter, afirmou: "Um filme fascinante e repleto de emoção". "Fernanda Torres é simplesmente fantástica", resumiu Chase Hutchinson, do The Wrap.
O longa também emocionou o crítico Manuel Betancourt, do AV Club, que afirmou: "Comovente, mas nunca sentimental, 'Ainda estou aqui' é um drama humanista que, ao lançar luz sobre a injustiça insidiosa, se torna um bálsamo para alertar e aquecer seu público em igual medida."
No site Collider, o texto de Emma Kiely destaca que "Ainda estou aqui" é "quase perfeito". "Poucos filmes irão lhe emocionar como 'Ainda estou aqui'", afirmou a publicação. Já o site Screen Daily definiu: "Salles nunca exagera nas batidas emocionais do filme, confiando, em vez disso, na atuação magnífica e complexa de Torres para conduzir o filme."
Mas também teve quem criticasse o longa nacional. No site The Playlist, o crítico Marshall Shaffer escreveu: "O humanismo de Eunice fica enterrado sob uma estrutura de roteiro banal que trata sua vida extraordinária como algo bastante comum."
"Neste trabalho, Salles falhou de alguma forma em encontrar a estrutura cinematográfica certa para esta narrativa biográfica. O filme parece descalibrado, mas não no sentido de fluir livremente ou explorar a profundidade", afirmou o Film Stage, em texto de Savina Petkova.