saúde

'BBB 25': Diego Hypólito revela diagnóstico de depressão e claustrofobia; entenda as condições

O medalhista olímpico disse que ficou internado em uma clínica psiquiatra depois de descobrir os diagnósticos

Diego Hypólito falou sobre condições de saúde na casa do BBB - TV Globo/Reprodução

Durante uma conversa no Big Brother Brasil, o medalhista olímpico Diego Hypólito disse que ficou internado em uma clínica psiquiatra depois que foi diagnosticado com depressão e, consequentemente, desenvolveu claustrofobia.

"Quando eu entrava em um shopping e não via a porta, saía correndo. Eu fiquei dois anos sem andar de avião", contou Diego.

No papo com Gracyanne Barbosa, o ginasta afirmou que não conseguia frequentar lugares muito cheios e que andava apenas de ônibus. Em outra conversa, Diego relembrou um episódio no qual abandonou o próprio carro no trânsito durante uma crise de claustrofobia. "Me deu um desespero, não conseguia mais viver", desabafou.

Hypólito explicou que foi a mãe quem notou que havia algo estranho em seu comportamento e que, além do apoio da família, recebeu suporte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sendo "internado imediatamente".

Depressão
A depressão é uma doença crônica, complexa e multifatorial altamente prevalente na população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 300 milhões de pessoas vivem com o transtorno. No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que cerca de 15% dos brasileiros já receberam o diagnóstico.

Quais os sinais de início de depressão?
Segundo o Ministério da Saúde, são sintomas da depressão:

Humor depressivo, sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. Muitos se mostram mais apáticos do que tristes, referindo "sentimento de falta de sentimento";

Retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, falta de concentração, queixas de falta de memória, de vontade e de iniciativa;

Insônia ou sonolência;

Alterações de apetite, geralmente diminuído, podendo ocorrer em algumas formas de depressão aumento do apetite, com maior interesse por carboidratos e doces;

Redução do interesse sexual;

Dores e sintomas físicos difusos como mal-estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia, sudorese.

O que acontece se a depressão não for tratada?
É importante que o paciente com sintomas de depressão busque ajuda imediatamente porque, se não tratada, a doença pode ser grave.

Além disso, o acompanhamento médico poderá realizar o devido diagnóstico e diferenciar um desânimo comum do quadro que interfere na capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida de forma geral.

Como fica a pessoa com depressão?
Cada paciente pode ter um quadro clínico distinto. Porém, o Ministério da Saúde cita que a pessoa com depressão geralmente acredita que perdeu de forma irreversível a capacidade de sentir prazer.

Os relatos citam uma visão de um mundo "sem cor", com apatia e a sensação de que o indivíduo se tornou um "peso" para familiares e amigos. Há uma invocação da morte como forma de alívio e avaliações negativas de si mesmo e do mundo ao redor.

Depressão tem cura?
A doença ainda não é considerada curável, mas os pacientes conseguem chegar a um estágio de remissão dos sintomas.

Como é o tratamento da depressão?
O tratamento dependerá da gravidade do paciente e deve ser realizado apenas mediante indicação médica. Ele pode envolver psicoterapia, como com psicólogos, e intervenções farmacológicas, com os antidepressivos.

Além disso, métodos inovadores têm sido cada vez mais alvo de estudos e ganhando espaço pelo mundo. É o caso, por exemplo, de aparelhos de estimulação magnética que emitem impulsos elétricos para influenciar neurotransmissores importantes no diagnóstico.

Há ainda as pesquisas com psicodélicos, como a cetamina, que têm mostrado resultados promissores para tratar quadros de depressão resistente às alternativas atuais.

Os médicos destacam ainda a importância dos hábitos saudáveis, especialmente da alimentação balanceada, da redução no consumo de álcool e de uma rotina de atividades físicas, para controle do diagnóstico.

Claustrofobia
A claustrofobia, o medo de estar em lugares pequenos ou fechados, pode ser desenvolvida em qualquer fase da vida e não tem uma causa específica, porém pessoas ansiosas, com depressão, ou que passaram por uma situação traumática em espaços apertados podem ser mais propensas.

Esse tipo de fobia pode provocar sintomas como falta de ar, boca seca e sentimento de medo, podendo acontecer em crianças, adolescentes, adultos ou idosos. Algumas pessoas podem apresentar ansiedade, enquanto que outras podem desenvolver um ataque de pânico quando diante de uma situação claustrofóbica.

Sintomas de claustrofobia

Medo, angústia ou ansiedade;

Sudorese;

Falta de ar;

Tremores ou calafrios;

Respiração curta;

Aumento dos batimentos cardíacos;

Boca seca;

Dor no peito;

Dor de cabeça ou tonturas;

Confusão e desorientação.

Em alguns casos, a pessoa acredita que as paredes estão se movendo, o teto abaixando e o espaço diminuindo. Os sintomas da claustrofobia também podem levar a uma preocupação excessiva e constante relacionadas ao medo, podendo essa fobia evoluir para o transtorno de ansiedade generalizada.

Tratamento
O tratamento para claustrofobia pode ser feito através de sessões de psicoterapia, em que o paciente deve enfrentar uma situação que cause a fobia e descrever a experiência vivida, ou até mesmo a terapia cognitivo-comportamental.

O médico ainda pode indicar o uso de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos que podem ajudar a diminuir os sintomas da fobia e o risco de desenvolvimento de uma depressão.

Não é um tratamento rápido, Hypólito, por exemplo, afirmou que até hoje segue tratamento com psiquiatra e psicólogo.