ajuste fiscal

Rui Costa diz que governo mantém pacote de ajuste fiscal e fará o necessário para equilibrar contas

Novas propostas de corte de despesas e arrecadação devem começar a ser debatidas após a aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso, segundo número 2 de Haddad

Ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o pacote de corte de gastos será mantido e que o governo fará o que for preciso para manter o equilíbrio fiscal.

— Vamos manter. O compromisso fiscal não é do ministro A ou ministro B, é do governo. Nós bloqueamos R$ 20 bilhões para cumprir no ano passado. O que for necessário fazer em qualquer momento, para garantir o equilíbrio das contas públicas, será feito — disse Rui, após reunião ministerial com Lula nesta segunda-feira.

Em entrevista ao Globo na última semana, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, sinalizou que o governo deve adotar novas medidas fiscais para cumprir o arcabouço.

Segundo o número 2 de Fernando Haddad, as novas propostas de corte de despesas e arrecadação devem começar a ser debatidas após a aprovação pelo Congresso do Orçamento de 2025.

Segundo ele, a equipe econômica deve voltar a insistir em impor limites aos “supersalários”, pagamentos que extrapolam o limite estabelecido pela Constituição, porque a revisão de gastos deve atingir “o andar de cima”.

No ano passado, a desconfiança do mercado com o governo durante a ela elaboração do pacote fez o dólar disparar e ficar acima do patamar de R$ 6, o maior da História.

A cotação da moeda americana se mantém nesse nível em 2025, e Rui Costa acredita que o valor voltará a cair após a posse de Donald Trump na Casa Branca:

— O dólar vai caindo, infelizmente não cai na mesma velocidade que ele subiu. Mas acredito que com o passar dos dias, após posse do novo presidente dos Estados Unidos, ele vai cair de patamar. E os números robustos da economia brasileira vão fazendo o dólar voltar ao patamar, porque o patamar que está não corresponde à vida real e aos números reais da economia brasileira — completou ele.