Em Davos, presidente da África do Sul critica era de protecionismo e isolamento de países
Ramaphosa ressaltou que a missão do G20, será focada em promover solidariedade, combater a desigualdade e incentivar o desenvolvimento sustentável
No Fórum Econômico Mundial em Davos, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou que o mundo vive uma era de protecionismo e isolamento, especialmente entre os países mais ricos. Ele alerta que o comportamento afeta principalmente as nações mais pobres, que dependem de cooperação internacional e financiamento externo para sustentar suas economias.
"A persistência da desigualdade entre países impede o desenvolvimento dos mais pobres", afirmou Ramaphosa.
Nesse contexto, o presidente sul-africano ressaltou que a missão do G20, presidido pela África do Sul este ano, será focada em promover solidariedade, combater a desigualdade e incentivar o desenvolvimento sustentável.
Entre as prioridades do G20, comentou ele, está o financiamento e apoio a iniciativas voltadas para a transição energética, com foco em fontes de energia mais sustentáveis. O objetivo, pontuou, é combater a emergência climática global.
"Precisamos reconhecer o dano que as mudanças climáticas já causaram no mundo", declarou Ramaphosa, ressaltando que os objetivos econômicos globais devem ser alcançados sem comprometer as gerações futuras.
Segundo o líder sul-africano, o mundo já enfrenta desastres causados pelas mudanças climáticas, como os incêndios em Los Angeles.
Ele alertou que, enquanto países mais ricos, como os EUA, têm recursos para reconstruir após tais desastres, os países mais pobres enfrentam dificuldades. "Precisamos garantir a reconstrução pós-desastres para os países pobres", afirmou, destacando o papel do G20 nesse processo.
Sobre a atratividade da África do Sul para investidores, Ramaphosa destacou que o país alcançou estabilidade política por meio do foco no crescimento econômico, criação de empregos e combate à corrupção.
Ele reforçou que a África do Sul implementou "grandes programas de reformas econômicas" e superou a crise energética, lembrando que o país está "há quase um ano sem nenhum blackout".