TECNOLOGIA

Youtuber milionário, MrBeast entra na disputa para comprar o TikTok nos EUA

Considerado o maior criador de conteúdo da internet, blogueiro digital se juntou a investidores

YouTuber MrBeast já foi listado pela Forbes como o maior influencer do mundo - Reprodução/Instagram

MrBeast, o criador de conteúdo mais seguido e com maior receita da internet, juntou-se a uma nova tentativa de compra do TikTok.

A estrela do YouTube, cujo nome verdadeiro é Jimmy Donaldson, faz parte de um grupo de investidores americanos montado pelo empreendedor de tecnologia Jesse Tinsley, que está concorrendo para comprar a operação americana do TikTok antes de um possível banimento.

Tinsley, fundador da Employer.com, apresentou uma oferta totalmente em dinheiro ao lado de Donaldson e outros — investidores institucionais e indivíduos de alto patrimônio líquido —, segundo um porta-voz do grupo, que está sendo representado pelo escritório Paul Hastings. A firma recusou-se a fornecer mais detalhes sobre a proposta, incluindo uma lista completa dos investidores envolvidos.

Brad Bondi, irmão de Pam Bondi, que o presidente Donald Trump nomeou para chefiar o Departamento de Justiça, faz parte da equipe do Paul Hastings que está oferecendo consultoria jurídica ao grupo de investidores.

— À medida que o presidente Trump reestabelece a dominância dos Estados Unidos, nosso grupo está pronto para colaborar com o governo americano para adquirir o TikTok e ajudar a proteger e estabilizar a plataforma, permitindo que centenas de milhões de americanos a utilizem com segurança — disse Tinsley em comunicado. TikTok e ByteDance não responderam aos pedidos de comentário. MrBeast, por meio de sua equipe, também não respondeu.

Com mais de 346 milhões de assinantes no YouTube, MrBeast adiciona um nome de alto perfil ao grupo de interessados em comprar o TikTok. O grupo de Tinsley está entre os vários que tentam adquirir o popular aplicativo de vídeos depois que a Suprema Corte manteve uma lei que exige que a empresa-mãe do TikTok, ByteDance Ltd., sediada na China, se desfaça de suas operações nos EUA por preocupações de segurança nacional.

De acordo com a lei, a ByteDance deveria vender o TikTok antes de 19 de janeiro ou enfrentar um banimento nacional.

Embora o TikTok tenha ficado temporariamente offline no fim de semana, Trump assinou uma ordem executiva em 20 de janeiro – seu primeiro dia no cargo – para estender o prazo de venda em 75 dias. Embora não esteja claro se Trump tem autoridade para estender o prazo, isso pode não ser relevante no final.

A ByteDance recusou-se publicamente a vender o TikTok, embora os potenciais compradores esperem que a decisão da Suprema Corte e a breve interrupção do TikTok possam levar a ByteDance a reconsiderar.

Essa possibilidade está atraindo potenciais compradores. O bilionário Frank McCourt, ex-proprietário do Los Angeles Dodgers, e o investidor do — Shark Tank — Kevin O’Leary fizeram uma oferta formal para comprar o TikTok no início do mês.

O’Leary já se reuniu com Trump em Mar-a-Lago para discutir a proposta, e McCourt deixou claro que estaria disposto a comprar o TikTok sem o cobiçado algoritmo de conteúdo da plataforma, que a ByteDance e o governo chinês declararam não estar à venda.

Amazon.com Inc. e Oracle Corp., ambas já parceiras comerciais do TikTok, também foram citadas como possíveis interessadas.

Após garantias de Trump de que não aplicaria a lei, a Oracle ajudou a restaurar o aplicativo do TikTok no domingo após cerca de 14 horas de interrupção nos EUA, embora pudesse enfrentar multas por fazê-lo. O governo chinês também está avaliando Elon Musk como um potencial comprador, segundo informações da Bloomberg News.

Não está claro se a ByteDance respondeu a algum dos interessados ou se está considerando as propostas.

Tinsley escreveu em uma postagem no X que se reuniria com Trump e sua equipe para discutir a proposta e que aguardava uma resposta do conselho da ByteDance.

— Nosso objetivo é garantir que o TikTok permaneça acessível, próspero e alinhado com os valores que tornam os Estados Unidos grandes — escreveu. — Também acolhemos o investimento do governo dos EUA —, acrescentou, afirmando que — estamos prontos para estruturar o acordo da forma que o presidente Trump e nosso governo desejarem. — Ele disse que sua empresa, Employer.com, faz parte do consórcio de investidores.