Europa deve se armar se quiser sobreviver, alerta primeiro-ministro polonês
O presidente dos EUA, Donald Trump, também pressionou os países da aliança militar a aumentar os gastos com defesa para 5% de seu PIB
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, cujo país detém a presidência rotativa de seis meses da União Europeia, advertiu o Parlamento Europeu nesta quarta-feira (22) que, se a Europa quiser sobreviver, “deve se armar”.
“É um momento em que a Europa não pode se dar ao luxo de economizar dinheiro em segurança (...) Se a Europa quiser sobreviver, ela deve se armar”, disse ele aos eurodeputados em uma sessão plenária em Estrasburgo, na França.
“Nós não escolhemos isso”, disse Tusk, que presidiu o Conselho Europeu de 2014 a 2019.
“Sofremos muito [com a guerra] na Europa, e talvez seja por isso que entendemos tão bem que, para evitar que nossa história se repita, devemos estar armados, devemos ser fortes e devemos ser determinados”, disse o líder polonês.
“A Europa foi, é e sempre será grande”, disse ele.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, que começou em fevereiro de 2022, fez com que os países da Otan, especialmente os do flanco oriental, considerassem um aumento substancial nos gastos com defesa.
O presidente dos EUA, Donald Trump, também pressionou os países da aliança militar a aumentar os gastos com defesa para 5% de seu PIB e até sugeriu, durante a campanha, que permitiria que a Rússia “fizesse o que quisesse” com os países que não cumprissem as metas de investimento.
Portanto, Tusk pediu aos países europeus que “não minimizem” o apelo de Trump.
Referindo-se a uma famosa citação do ex-presidente dos EUA John Kennedy, Tusk disse: “Não pergunte o que os Estados Unidos podem fazer por sua segurança, mas o que podemos fazer por nossa própria segurança”.
A Polônia é o único país da UE que faz fronteira tanto com a Ucrânia quanto com a Rússia e, portanto, adotou a segurança como prioridade nacional.