Conflito

Exército israelense diz ter matado membro da Jihad Islâmica em Gaza, apesar da trégua

A trégua permitirá, em princípio, a libertação de reféns israelenses mantidos em Gaza em troca de prisioneiros palestinos

Trégua também contempla a retirada progressiva do Exército israelense das zonas mais populosas da Faixa de Gaza - Jack Guez / AFP

O Exército israelense afirmou, nesta quarta-feira (22), ter matado um membro do grupo palestino Jihad Islâmica no sul de Gaza, apesar do cessar-fogo entre Israel e Hamas, que vigora no território desde domingo.

Segundo um comunicado militar, tropas israelenses no sul de Gaza "identificaram vários suspeitos armados que representavam uma ameaça" e "operaram para frustrar a ameaça e eliminar" um miliciano do grupo aliado do Hamas.

O Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza confirmou a morte de uma pessoa por disparos israelenses e reportou outros quatro feridos.

A trégua, cuja primeira fase deve durar seis semanas, permitirá, em princípio, a libertação de reféns israelenses mantidos em Gaza em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel.

Também contempla a retirada progressiva do Exército israelense das zonas mais populosas da Faixa de Gaza e um aumento da entrada de ajuda ao território palestino, devastado por mais de 15 meses de guerra.

"Em várias partes da Faixa de Gaza foram identificados suspeitos com os rostos cobertos se aproximando das tropas [...], que efetuaram tiros de advertência para afastá-los", acrescentou o Exército.

As forças armadas disseram que estão "determinadas a respeitar plenamente os termos do acordo para trazer os reféns" de volta.

Mas advertiram que se mantêm "preparadas para qualquer cenário e seguirão tomando todas as medidas necessárias para enfrentar qualquer ameaça imediata".

O Exército israelense instou "os palestinos a seguirem suas instruções e a evitarem se aproximar das tropas destacadas na zona".