Protagonismo

Recifense Nayara Temporal concorre a "Deusa do Ébano" na Noite da Beleza Negra do Ilê Aiyê

Bailarina é a primeira recifense entre as quinze finalistas da na 44ª edição do prêmio promovido pelo bloco afro mais antigo do Brasil

A recifense Nayara Temporal, quem personifica Oxum no Afoxé Oxum Pandá, é uma das quinze finalistas do prêmio Deusa do Ébano, na 44º Noite da Beleza Negra - Zé Gabriel/Divulgação

A recifense Nayara Temporal, 33 anos, que personifica Oxum no corpo de baile do afoxé pernambucano Oxum Pandá, é uma das quinze finalistas de disputarão a vaga de "Deusa do Ébano" na 44º Noite da Beleza Negra, promovida pelo Ilê Aiyê, o bloco afro mais antigo do Brasil, fundado em 1974.

Primeira bailarina da cidade do Recife a participar do concurso, Nayara dança há nove anos no Afoxé Oxum Pandá, criado em 1995 pelo babalorixá Genivaldo Barbosa, em Olinda.


Em 2018, passou a representar a Yabá Oxum, divindade dos rios e cachoeiras, nos desfiles nos Carnavais de Recife e Olinda e nas apresentações do grupo que reverenciam a ancestralidade. 

A 44ª edição da Noite da Beleza Negra será realizada na Senzala do Barro Preto, sede do bloco afro Ilê Aiyê, no próximo dia 15 de fevereiro.

 

"Para mim é uma grande honra ser selecionada e poder representar a mulher pernambucana neste concurso", comemora Nayara, que destaca o valor simbólico da indicação.

"Esse reconhecimento é extremamente significativo para a minha carreira, especialmente porque o título de Deusa do Ébano representa muito mais do que beleza: ele valoriza a representatividade, a dança, a força cultural e a herança africana feminina.
 

 
 
 
 
 
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Noite da Beleza Negra
O concurso foi proposto por Sergio Roberto dos Santos, cofundador do Ilê Aiyê, para eleger uma mulher negra como rainha do bloco. O evento valoriza a beleza, a identidade, o conhecimento e a história das mulheres negras.

A Noite da Beleza Negra, festa tradicional do bloco afro Ilê Aiyê que acontece há mais de quatro décadas, é mais que um simples evento de beleza. O evento é considerado uma política de afirmação racial.

Como é o concurso?
As concorrentes são avaliadas por seu conhecimento e posicionamento sobre matriz e estética africana, pela graça e arte de dançar. A vencedora participa do Carnaval e dos shows do bloco pelo Brasil e pelo mundo.