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Países da Otan devem pagar sua 'parte justa' antes de qualquer ampliação, alerta EUA

Em um tom exigente, Grenell também aproveitou a oportunidade para reiterar o apelo do presidente Trump para que os países da Otan gastem mais em suas Forças Armadas

O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, gesticula ao dirigir-se ao público como parte da reunião anual do Fórum Económico Mundial (WEF) em Davos, em 23 de janeiro de 2025 - Fabrice Coffrini/AFP

Os países-membros da Otan devem pagar sua “parte justa” na defesa antes de considerar uma expansão da aliança, disse um enviado dos EUA ao Fórum de Davos nesta quinta-feira (23).

“Não se pode pedir ao povo americano para expandir o guarda-chuva da Otan quando os membros atuais não estão pagando sua parte justa”, disse Richard Grenell, enviado presidencial do presidente Donald Trump para missões especiais.

Grenell fez suas observações por videoconferência em uma reunião de café da manhã no Fórum de Davos, nos Alpes Suíços.

Pouco antes de seu discurso, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, que estava presente em Davos, disse que “a adesão plena é o resultado mais fácil” para a Ucrânia se ela conseguir uma paz “sustentável” com a Rússia.

Em um tom exigente, Grenell também aproveitou a oportunidade para reiterar o apelo do presidente Trump para que os países da Otan gastem mais em suas Forças Armadas.

“Temos que garantir que esses líderes estejam gastando a quantia certa de dinheiro. Temos que ser capazes de evitar a guerra. E isso é feito pela Otan, que representa uma ameaça crível”, disse ele.

Até 2023, os países-membros da Aliança, que agora são 32, concordaram em gastar um mínimo de dois por cento de seus respectivos PIBs em defesa. Mas Trump recentemente pressionou para que essa porcentagem fosse aumentada consideravelmente, para 5%.

Rutte reconheceu que é necessário um esforço.

“Decidiremos o valor exato este ano, mas será consideravelmente maior do que 2%” do PIB, disse ele.