Croácia

Croácia desaconselha seus cidadãos a viajarem à vizinha Sérvia

Aviso foi publicado depois que a polícia sérvia prendeu cinco cidadãos croatas e os expulsou do país, sendo proibidos de retornar ao país por um ano

Croatas estão entre cerca de quinze pessoas, provenientes de Albânia, Romênia, Eslovênia, Bósnia e Macedônia do Norte, que foram submetidas à mesma medida - Oleksandr/Pexels

A Croácia desaconselhou, nesta quinta-feira (23), que seus cidadãos realizem viagens não essenciais para a vizinha Sérvia, após a expulsão "por motivos de segurança" de cinco croatas que participaram de uma conferência em Belgrado, evento que contou com a presença de várias ONGs da região.

"Recomenda-se adiar viagens não essenciais, tomar precauções e monitorar a situação atual", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Croácia em seu site oficial.

O aviso foi publicado depois que a polícia sérvia prendeu cinco cidadãos croatas e os expulsou do país na quarta-feira. Eles também estão proibidos de retornar à Sérvia por um ano.

Os croatas estão entre cerca de quinze pessoas, provenientes de Albânia, Romênia, Eslovênia, Bósnia e Macedônia do Norte, que foram submetidas à mesma medida, segundo a imprensa croata.

Todos participaram, no início da semana, de uma conferência organizada pela fundação austríaca Erste em Belgrado, a capital sérvia.

O evento contou com a presença de várias ONGs.

As autoridades sérvias não divulgaram, até o momento, detalhes sobre as expulsões.

O Ministério das Relações Exteriores da Sérvia apenas declarou, em comunicado, que "vários cidadãos croatas" foram "tratados de acordo com os procedimentos vigentes e a prática internacional usual".

No entanto, uma das pessoas expulsas contou ao jornal croata Jutarnji List que assinou um documento da polícia sérvia que a designava como uma "ameaça à segurança da Sérvia".

As expulsões ocorrem em um momento em que o governo sérvio enfrenta um movimento de protesto significativo, após o colapso, em novembro, de um telhado da estação de trem de Novi Sad, no norte do país, que deixou 15 mortos.

O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, acusou recentemente "agentes estrangeiros" de "países ocidentais" de estarem por trás desse movimento, com o objetivo de provocar uma "revolução" para "enfraquecer a Sérvia".

A União Europeia expressou sua "preocupação" com o tratamento dado a "ativistas pacíficos da sociedade civil".