Eclâmpsia: como a gestante pode evitar
Ginecologista Ivelyne Radaci detalhou fatores de riscos e cuidados no Canal Saúde desta sexta

Eclâmpsia é o nome dado à hipertensão arterial específica da gravidez, que provoca estados convulsivos. Essa condição começa a ser desenvolvida quando a grávida passa a apresentar aumento de pressão arterial combinada com outra complicação, como a perda de proteína pela urina, e pode sofrer com a pré-eclâmpsia. Portanto, é importante que a gestante tome alguns cuidados para minimizar riscos e intercorrências durante o período gestacional.
A palavra eclâmpsia, que tem origem grega, significa raio ou relâmpago, pois ela é considerada rápida e perigosa. Apesar disso, a pré-eclâmpsia aparece bem antes do momento de eclâmpsia, com sintomas que evoluem gradativamente, como dor de cabeça, vista embaçada, ânsia de vômito, dor epigástrica e alterações laboratoriais.
Existem fatores de risco que podem ocasionar a eclâmpsia, mas essa é uma condição que pode afetar qualquer gestante durante a segunda metade da gravidez ou até 6 meses após o parto. Ainda assim, alguns cuidados podem ser adotados para que ela seja evitada.
No Canal Saúde, da Rádio Folha 96,7 FM, desta sexta-feira (31), o âncora Jota Batista conversou com a ginecologista Ivelyne Radaci, da Clínica Art Fértil. A médica deu orientações sobre como as gestantes podem reduzir o risco de sofrer a pré-eclâmpsia e, consequentemente, a eclâmpsia.
Acompanhe a entrevista completa acessando os players abaixo.
A ginecologista Ivelyne Radaci elencou os sintomas que representam alerta e podem desenvolver a doença.
“A pressão alta prévia é um dos fatores de risco para a pré-eclâmpsia. Mas obesidade, ganho de peso aumentado durante a gestação, o fato da gestante ser diabética, ter alguma doença autoimune, ou alguma doença renal e o fato dela já ter tido uma pré-eclâmpsia na gestação anterior também causam alerta, assim como um histórico familiar de parentes de primeiro grau que tiveram pré-eclâmpsia. Uma primeira gestação, principalmente se ela acontece após os 35 anos, tem uma chance maior de avaliar para uma pré-eclâmpsia. Mas às vezes, a paciente não tem nenhum desses fatores de risco e mesmo assim, desenvolve um quadro de pré-eclâmpsia, e acaba evoluindo para uma eclâmpsia.”
Ivelyne Radaci ainda contou aos ouvintes quais as formas de evitar a eclâmpsia.
“Como para qualquer tipo de complicação durante a gestação, a principal medida para evitá-la é um acompanhamento pré-natal de qualidade em que você segue direitinho as orientações. Se a gente nota fatores de risco cedinho, ainda no primeiro trimestre de gestação, com cerca de 12 semanas, que a gente tem hoje para evitar pré-eclâmpsia é iniciar a AAS, que é uma droga muito acessível, e cálcio, que também é muito barato. Então, para uma pessoa que se preocupou em procurar uma assistência pré-natal de qualidade e foi bem orientada, é possível diminuir muito o risco dela de pré-eclâmpsia, mesmo ela tendo fatores de risco para isso. Se eu colocar no acompanhamento pré-natal dela uma boa dieta, uma atividade física, um controle pressórico e a suplementação de AAS e cálcio.”