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Itamaraty reforça pedido para que brasileiros deixem Síria em meio a escalada de conflitos

Ministério cita incidentes violentos ocorridos, entre 6 e 9 de março, nas províncias de Lataquia e Tartus

Membros das forças de segurança da Síria exibem suas armas numa praia da cidade de Latakia, reduto da minoria alauíta, leal a Assad
Membros das forças de segurança da Síria exibem suas armas numa praia da cidade de Latakia, reduto da minoria alauíta, leal a Assad - AFP

O Itamaraty reforçou o pedido para que brasileiros que estejam na Síria deixem o país em meio a escalda de conflitos internos no país. Caso não seja possível a saída, os diplomatas pedem que os brasileiros adotem as indicações de segurança das autoridades locais. Aqueles que pretendiam viajar ao país, devem cancelar suas passagens.

A Relações Exteriores afirmam que “não há registro de brasileiros entre as vítimas”, mas pontuam que mais de mil pessoas já morreram entre os dias 6 e 9 de março, em sua maioria civis.

“Ao expressar repúdio ao recurso à violência, sobretudo contra civis, o Brasil transmite condolências aos familiares das vítimas e insta as partes envolvidas ao exercício da contenção. Reitera, ainda, sua posição em favor de transição política pacífica e inclusiva, com respeito da independência, unidade, soberania e integridade territorial da Síria”, afirmou a nota divulgada hoje.A

 

Um alerta anterior do Embaixada do Brasil em Damasco já havia solicitado a saída de brasileiros do país, em dezembro de 2024.

O conflito entre forças de segurança sírias e rebeldes leais ao ex-ditador Bashar-al-Assad já deixou mais de mil mortos em apenas três dias. Trata-se de um dos maiores massacres na Síria desde 2011. A maioria das vítimas civis, cerca de 973 pessoas, é da minoria alauíta, a qual pertence Assad.

Há muitas mulheres e crianças entre os executados por forças do governo interino sírio e grupos aliados em três dias de confrontos contra militantes leais a Assad, deposto em dezembro, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). O Conselho de Segurança da ONU vai discutir a violência a portas-fechadas nesta segunda-feira.