Minas Gerais

Em Minas, Zema e Caiado dividem holofotes em feira do agro e trocam afagos

Em Uberlândia, Zema recebeu o governador goiano na Femec; ambos são cotados para concorrer à Presidência

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado - Reprodução

Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), trocaram afagos nesta segunda-feira (data), durante a Feira do Agronegócio Mineiro (Femec), em Uberlândia (MG).

O evento, considerado o maior do setor no estado, serviu de palco para a aproximação entre os dois políticos, ambos cotados para disputar a Presidência em 2026.

Ao dividir os holofotes com Caiado, Zema elogiou a gestão do goiano na segurança pública e destacou seu "equilíbrio fiscal exemplar".

Em resposta, Caiado retribuiu os elogios, classificando Zema como referência em responsabilidade e eficiência administrativa.

Durante o evento, Zema vestiu um boné com os dizeres "abril verde", em contraposição ao "Abril Vermelho", ação promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em coletiva de imprensa, nacionalizou o discurso:

— Nós queremos um Brasil que tenha segurança pública, que apoie o agro. A direita está enraizada na sociedade brasileira, e tanto Caiado quanto eu defendemos esses valores.

Questionado sobre uma eventual candidatura à Presidência, Zema evitou cravar uma posição, afirmando que 2026 "ainda está longe", mas que certamente participará da construção do projeto político.

Já Caiado, que deve lançar sua pré-candidatura nesta semana, foi apontado por Zema como tendo uma "definição maior" sobre o tema.

Após a Femec, os governadores seguiram para o Fórum Brasil Cidades, onde debateram segurança pública.

Zema reforçou a importância do tema para ambos os estados:

— Tanto Goiás quanto Minas Gerais têm uma preocupação gigantesca com a segurança pública. Temos tolerância zero com invasores de terra e queremos um abril verde, de produção.

Tanto Zema quanto Caiado são possíveis representantes da direita na disputa presidencial, tentando herdar o espólio político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível.

No entanto, ambos correm atrás do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Bolsonaro e, até o momento, focado em sua reeleição.