Suporte feminino ao cenário local

O PWR Records organiza a “Jam das Minas”, que teve sua primeira edição na última terça-feira, no Texas Café Bar.

Ministro Fernando Coelho Filho, em visita oficial à China - Divulgação

 

Inspiradas no Girls Rock Camp, as estudantes recifenses Hannah Carvalho, de 19 anos, e Letícia Tomas, de 20, lançaram o selo PWR Records para montar um catálogo nacional de bandas que contam com mulheres em sua for­mação. O primeiro álbum se­rá o novo da musicista paulista Rita Oliva, mais conhecida pelo trabalho nos grupos Cabana Café e Parati. Em 2017, a artista coloca nas prateleiras o primeiro disco do Papisa, que sairá sob a chancela do PWR Records.
“Quando ela topou lançar pe­la gente, agilizamos tudo pa­ra que o selo fosse lançado neste mês. Em junho, entramos em contato com a Nanda (Loureiro), do selo cearense Ba­nana Records, buscando fa­zer uma lista de bandas com meninas para fazer um zine e, no final, 315 bandas se cadastraram. Apenas nove eram do Recife e eram mal divulgadas”, explica Letícia. O critério para ser aceita no selo seria manter a linha contracultural e experimental.

O PWR Records organiza a “Jam das Minas”, que teve sua primeira edição na última terça-feira, no Texas Café Bar. “Quando soubemos que as meninas do Rakta, Ventre e My Magical Glowing Lens viriam para o No Ar Coquetel Molotov, as convidamos para essa Jam e o sucesso foi tão grande, que resolvemos que será um evento regular, para acontecer mensal ou bimestralmente. As meninas aqui têm vergonha, porque se aparecer um cara tocan­do qualquer coisa mediana, a galera vai aceitar, mas se for uma mi­na, vão criticar. A ideia da nossa Jam é esta, que a gente possa tocar qualquer coisa e a próxima será aberta para quem quiser chegar”, diz ela.