Brasileiro Feminino de Futebol é anunciado sem data definida
Na Série A1, o formato prevê dois grupos, de oito clubes cada, com turno e returno.
Daniel Coelho, deputado federal pelo PSDB - Divulgação
Em meio às novidades que movimentaram o futebol feminino, ontem, a CBF anunciou mudanças no Campeonato Brasileiro da modalidade. Entre elas, destaque para o sistema de disputas com acessos e rebaixamentos e o aumento das cotas financeiras. Estarão garantidos automaticamente o atual campeão brasileiro (Flamengo/Marinha) e o vencedor da Copa do Brasil (Audax/Corinthians), além dos oito primeiros do ranking nacional feminino e os seis primeiros colocados do Brasileirão masculino deste ano - uma “cota estratégica” para fomentar o investimento na modalidade.
Na Série A1, o formato prevê dois grupos, de oito clubes cada, com turno e returno. Avançarão às quartas de final os quatro times melhores colocados de cada grupo. Nesta fase, serão disputados jogos de ida e volta, assim como na semifinal e na final. A premiação prevê que o clube que se classifique para esta competição receba R$ 15 mil, quem avançar para as quartas, mais R$ 20 mil; R$ 30 mil para quem chegar às semis; R$ 60 mil para o vice e R$ 120 mil para o campeão.
Na A2, serão dois grupos de oito times, que jogarão em turno único na primeira fase. A partir das semifinais, as partidas passam a ser de ida e volta. A premiação da competição será de R$ 10 mil para quem se classificar à A2; R$ 15 mil para os clubes que chegarem às semis; R$ 30 mil para o vice e R$ 50 mil para o campeão. Apesar das novidades, o certame segue sem data para início e término, uma das críticas dos clubes, que acabam tendo o planejamento prejudicado.
“A princípio, achamos bom (o novo formato). A ideia é boa e ainda vai agregar mais equipes. Acredito que o problema que devemos solucionar agora é a questão das datas, sofremos muito com isso. Fica difícil planejar a temporada e contratar jogadoras quando tudo é decidido em cima da hora”, pontuou Maurício Salgado, treinador do Vitória, de Vitória de Santo Antão. A equipe interiorana, assim como o Náutico, esteve na Copa do Brasil 2016, encerrada recentemente. Esse evento, inclusive, corre o risco de não ser realizado em 2017, devido ao alongamento do Brasileiro.
“O ideal seria ter as duas competições para o time principal ter um calendário mais extenso”, destacou o vice-presidente de esportes amadores do Náutico, Sérgio Lopes.
“Para mim, seria maravilhoso se a Copa do Brasil continuasse sendo disputada pelas meninas do adulto e que novas competições surgissem para a base. Seria mais proveitoso para o desenvolvimento do futebol feminino”, corroborou Salgado.