Gleide Angelo deixa comando do caso Beatriz

A delegada foi substituída por Francisca Pollyanna Neri, da Gerência de Controle Operacional do Interior 2

Delegada Gleide Angelo - Ed Machado/ Folha de Pernambuco

Depois de quase dois anos, sem solução, o Caso Beatriz Mota sofre uma nova mudança: a delegada Gleide Ângelo, que estava à frente das investigações, foi substituída pela delegada especial Francisca Pollyanna Neri.

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) informa, por meio de nota, que a delegada “foi designada especialmente pelo excelente trabalho que realizou na investigação de homicídios e por estar integralmente na região”. Francisca Neri assumiu recentemente a Gerência de Controle Operacional do Interior 2, área onde está inserida Petrolina, cidade sertaneja onde a criança foi assassina em uma festa da escola.

A nota também agradece aos delegados Gleide Angelo, Alfredo Jorge e Marceone Ferreira pelos trabalhos prestados durante as investigações . “Saímos de um retrato falado para as imagens reais do assassino. Temos o perfil genético dele. Quase 100 pessoas foram submetidas a exames para conforto de DNA. A Polícia não descansou”, afirma o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle do Amaral.

Delegada Francisca Pollyanna Neri - Foto: Mandy Oliver/Folha de Pernambuco


Leia também:
Família de Beatriz recebe carta do Papa Francisco com benção
Caso Beatriz deve ganhar novo vídeo e prêmio para informações 
Caso Beatriz não será federalizado, mas a polícia pede ajuda à PF


Histórico do caso
Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, foi encontrada morta com 42 facadas em Petrolina, durante uma festa no Colégio Maria Auxiliadora, em 10 de dezembro de 2015. Ela desapareceu após se afastar da família para beber água e foi localizada cerca de 40 minutos depois, dentro de um depósito de material esportivo.

No início deste mês de novembro, a família da criança se reuniu no Palácio Campo das Princesas, sede do governo do estado, com Joselito Amaral, o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, e a delegada Gleide Angelo, a fim de solicitar mais acesso aos dados do caso, federalização da investigação e a transferência do comando para algum delegado de Petrolina. Na ocasião, dois delegados estavam à frente do caso: Gleide Angelo, do Recife, e Marceone Ferreira, responsável pelo caso em Petrolina.